segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

APOSTILA DE MINISTÉRIO CRISTÃO


INTRODUÇÃO:

 

            A postura e a missão do ministro do evangelho é um dos estudos de muita importância ao obreiro que deseja melhor servir ao Senhor, sem ter de que envergonhar-se, a Teologia Pastoral também é conhecida como PASTORALOGIA e a Ética Ministerial também é conhecida como MINISTÉRIOLOGIA; São elas que estudam o comportamento, o estilo e a metodologia de culto e vida do obreiro. Trata-se de um dos ramos da educação teológica que se preocupa com os labores pastorais teóricos e práticos. É verdade que varia consideravelmente, dependendo da denominação ou instituição de ensino teológico.  Em princípio, “ética” pode ser definida como o estudo crítico da moralidade. Consiste na análise da natureza da vida moral humana, incluindo os padrões do “certo” e do “errado” pelos quais sua conduta possa ser guiada e dirigida. Portanto “ética” é um somatório de princípios que capacitam o homem a fazer uma escolha e a transforma-la em ação vital.Dependendo desses princípios, essa decisão pode ser boa ou má, benéficas ou prejudiciais á quem se destina, pessoa ou comunidade.

 

O OBREIRO E SUA APTIDÃO

 

            É muito fácil aprender qual é a sua capacidade, examinado os resultados. É preciso dizer que a maior parte de nós não sabe valorizar as aptidões. Não conhecemos nossa capacidade nem aquilo de que necessitamos para melhorá-las. “Não temos conhecimento das aptidões que Deus não nos deu”. Descubra você mesmo, qual o seu trabalho no Serviço do Senhor!!.

            Temos que aprender onde nos situar e quais são nossas aptidões para extrair o máximo de benefícios disso. Devemos saber onde estão nossos defeitos, quais as aptidões que não temos, onde estamos, quais são nossos valores. Pela primeira vez na história da humanidade temos de aprender a assumir a responsabilidade de administrar a nós próprios. Administrar a si próprios, reforçar a sua capacidade, construir seus valores.

 

 

 

CARACTERISTICA DE UM OBREIRO:

 

v O que caracteriza o “OBREIRO” é a excelência com que realiza seu trabalho.

v Liderar não é exercer ditadura, não é mandar e sim delegar poderes, aos que estão há nossa volta

v O pastor e  líder deve manter atitude positiva, afim de conquistar o grupo em que lidera, bem como desenvolver técnica e habilidade para comunicar-se com seus liderados e assim conhecer as condições de sua comunidade.

v O Obreiro deve ter CHAMADA. Ninguém que é chamado pelo Senhor vive de um lado para outro, de um trabalho para outro, sem nunca ter certeza da vontade de Deus, sobre a sua vida.

v O Obreiro é aquele que tem o compromisso de ensinar, edificar e consolar com as verdades do Evangelho. Deve trabalhar para promover o crescimento e o bem-estar espiritual dos membros de sua comunidade.

v O Obreiro deve ter VOCAÇÃO. Podemos entender por vocação, uma tendência para determinada coisa, um pendor, uma inclinação, que vem de berço. Destarte, uns nascem para as artes, e outros para as profissões liberais. Porem no ministério, a vocação é diferente. É verdade que Deus aproveita os dons naturais daqueles a quem chama para o seu serviço. A vocação do obreiro, é algo mais do que o meramente natural, pois não é terreno nem humano. A vocação ao ministério vem de cima, vem de Deus com a unção e a graça do Espírito Santo.

v O Obreiro deve  pergunte-se a si mesmo: “Será que eu trabalho bem com as pessoas?” O Pastor é aquele que sabe conquistar, se relacionar com as pessoas, não como suas lideradas, mais como pessoas amigas e irmãs.

v Nem todos foram chamados para serem Ministros, porem os que são chamados, devem ser sábios ao exercer seu ministério.

 

QUALIFICAÇÕES MORAIS DO MINISTRO

 

“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio,honesto,hospitaleiro,apto para ensinar.” ( 1 Tm 3.1,2)

 

            Se algum homem deseja ser “bispo” (gr.episkopos, aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor) deseja um encargo nobre e importante. É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela palavra de Deus e pela igreja, porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de ( 1 Tm 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9). O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” ( 1 Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação. Deve manifestar exemplos na: piedade, fidelidade, pureza e lealdade a Cristo e ao evangelho. O povo de Deus deve aprender a ética cristã, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo de seus lideres que vivem conforme os padrões bíblicos.

 

ALGUMAS QUALIFICAÇÕES DO OBREIRO, SEGUNDO PAULO.

 

(1 Timóteo 3.1-7)

1.      Irrepreensível (3.2)

2.      Vigilante (3.2)

3.      Sóbrio (3.2)

4.      Honesto (3.2)

5.      Hospitaleiro (3.2)

6.      Apto para ensinar (3.2)

7.      Não dado ao vinho (3.3)

8.      Não espancador (3.3)

9.      Moderado (3.3)

10. Não contencioso (3.3)

11. Não Ambicioso por Dinheiro (3.3)

12. Não novato na fé (3.6)

13. Boa reputação fora da Igreja (3.7)

14. Marido de uma mulher (3.2)

15. Que governe bem sua própria casa (3.4,5)

16. Que tenha seus filhos em obediência e respeito (3.4)

 

ALGUNS DEVERES DO PASTOR E LIDER

 

1.      Governar – Aos Pastores cabe a função de supervisionar, de forma sábia e competente todas as reuniões e atividades administrativas da igreja. lembrando que está cuidando do rebanho de Deus, por isso deve lembrar que liderar não é manter ditadura, mais conduzir o povo com temor e tremor diante de Deus. Este governo deve ser, dentro dos padrões bíblicos e éticos, que cabe ao bom mordomo de Deus. O bom governo é aquele que sabe amar, cultivar e apresenta-lo a Deus sem nenhum prejuízo.

2.      Defender – O Pastor faz parte dos oficiais do exercito de Deus, por isso deve está na frente da batalha, procurando defender o rebanho das investidas do inimigo. Bem como de todas as heresias e falsas doutrinas.Pois havemos de dar contas diante do Todo-Poderoso.

3.      Alimentar – O rebanho de Deus, necessita de alimento sadio e dosado pela palavra. Aos lideres cabe levar o povo a alimentrar-se de forma adequada, pelo ensino sábio da palavra de Deus.

4.      Cuidar – Sempre existe ovelhas fracas, feridas e algumas vezes querendo desgarrar-se do rebanho. O Pastor, com paciência e amor, seguindo o exemplo do Divino Pastor, tem de cuidar de todas; e não somente da mais gorda ou mais bonita, mais de todas.

O sucesso no Ministério está fundamentalmente ligado ao caráter santificado do Ministro. Por isso é exigido que a vida do ministro seja autentica, isto é, transparente aos olhos dos liderados. Não significa ser perfeito, sem pecado. Os apóstolos não foram perfeitos sem falhas. Todos tiveram seus erros e defeitos de personalidade, porém, no todo, suas vidas demonstram elevado grau de piedade, sinceridade e santidade. O bom seria se pudesse dizer isso de todos os ministros. O exemplo do ministro falará mais alto do que todos os seus sermões, estudos e escritos.

 

 

 

 

COMPETE AO PASTOR

 

1.      Pregar – O Pastor deve sempre esta pregando em cultos públicos, festividades, concentrações evangelísticas, e outras reuniões, pois ninguém melhor duque o Pastor para saber as necessidades de sua igreja local.

2.      Ensinar – Ensinar aos membros e congregados a sã doutrina da Palavra de Deus, é uma tarefa exclusiva do Pastor da igreja, pois através de um ensino edificante o crescimento espiritual da congregação será observado por todos que a vêem, direta ou indiretamente.

3.      Preparar – O bom líder é aquele que consegue preparar novos obreiro, que não tem o monopólio de sua igreja, mais que lidera seus obreiros e membros, preparando-os para o exercício do evangelho. Formar novos lideres é essencial para o crescimento de uma igreja.

 

UM MINISTÉRIO BEM-SUCEDIDO

 

1.      Começar pelas coisas pequenas – Muitos obreiros, querem começar com igrejas grandes, numerosas, e esquecem-se que o maior interesse Deus é que vidas venha a adora-lo.O Obreiro deve ser um ganhador de almas, arrebatador de vidas que perecem sem Deus e sem salvação e não um empreendedor de igrejas.

2.      É preciso valorizar o Ministério - O ministro que não valoriza o que recebeu de Deus, terá muitas dificuldades, em descobrir a vontade do Senhor sobre a sua vida; Por isso muitos vivem como peregrino, sem lugar para ficar, sem pastor para os apascentar, pois não valorizam o que receberam de Deus.

3.      Superar as frustrações no ministério - Um determinado pastor, declarou, ministério é o campeão das frustrações, para muitos obreiros.

4.      Obediência e submissão - A obediência traz muitas bênçãos ao ministério do obreiro.

5.      Ter cuidado com a família – I Tm 5.8

PRIORIDADE MINISTERIAL

 

1.      Deus

2.      Família

3.      Trabalho (vida social)

4.      Igreja

Itens a serem Priorizados

·        Amar a si mesmo e ao próximo

·        Área Financeira ( seja moderado)

·        Ser Dizimista fiel

·        Seja Ofertante voluntário

·        Não ser fiador de estranhos

·        Administrar sabiamente o dinheiro e seus bens

 

SUCESSO MINISTERIAL


 

Seu ministério é problema seu, administrá-lo não é fácil. Mas crescer e prosperar ministerialmente só depende de você.

·        O Obreiro deve pensar em crescer, não só no sentido de tornar-se conhecido, mais intelectualmente e espiritualmente, afim de fazer toda a boa obra, que lhe conferido. “E o Senhor vos aumente, e faça crescer...” ( 1 Tss 3.12)

·        O obreiro precisa investir, fazendo bons cursos, adquirindo boas literaturas, e participando de seminários, palestras e etc. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”

     ( Rm 10.17)

·        O obreiro precisa prosperar, não só na área financeira, mais em conhecimento, quantos obreiros que não sabem nem sequer citar as divisões da bíblia? Não podemos ser ANÃO espiritual, precisamos crescer. “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.” ( 2 Pe 3.18).

·        Nenhum grupo ou comunidade, vai se preocupar com seu crescimento. Isso é problema, exclusivamente seu. Algumas igreja, fazem investimento em seus obreiros e lideres, porem cabe ao próprio líder o desejo de desenvolver-se ministerialmente. Não deixe que nada venha impedir o seu crescer e o seu prosperar. Cabe a você gerenciá-los.

 

 

ÉTICA INDIVIDUAL

·        Preservação da vida Física

·        Alimentos

·        Bebidas

·        Ar

·        Limpeza

·        Exercício

·        Descanso

·        Preservação da vida Espiritual

·        Alimentar-se da Palavra

·        Viver em ambiente Saudável

·        Santificação

·        Descanso dos Problemas

·        Literatura

·        Conduta Individual

a.      Não ensoberbecer-se

b.      Ter cuidado com quem entra na sua casa

c.      Não coloque seus filhos no chão para hospedar alguém.

d.      Não deixe que ninguém venha intervir em sua vida pessoal

e.      Não tome dinheiro emprestado de membros de sua igreja.

 

ÉTICA SOCIAL

·        Desonestidade

·        Falta de Testemunho

·        Calúnia

·        Mexerico

·        Inveja

·        Cumprir com contratos e palavra

·        Fraterno

 

ÉTICA MINISTERIAL

 

O sucesso do obreiro cristão depende não apenas da sua integridade espiritual, e do desvelo com que se desincumbe do ministério que Deus lhe tem confiado; mas também da forma como ele se traja, se apresenta e fala a sua própria língua.

 

            De tão fundamental que é este assunto, do obreiro se requer o seguinte:

 

1.      Cuidado com a sua maneira de trajar, inclusive não relaxando determinados princípios de higiene, nunca se esquecendo que o obreiro é o melhor cartão de apresentação da sua igreja.

2.      Zelo por uma linguagem sadia; linguagem não só espiritualmente pura, mas também gramaticalmente correta.

3.      Evitar determinados vícios de linguagem, que em geral podem levar os ouvintes a considerar o obreiro um “medíocre” quanto à cultura.

 

PRINCÍPIOS DE ETIQUETA E DE HIGIENE

 

            Além dos cuidados espirituais que o obreiro deve ter na conservação da sua comunhão com Deus e do seu ministério, ele deve ter cuidados especiais com a sua maneira de ser e de agir noutras áreas da vida; entre as quais se destacam a sua maneira de vestir e a forma como encara a higiene.

 


Cuidado no Trajar


 

            Reconhecemos que o obreiro não é nenhum astro do cinema, que tenha luxuosas roupas para vestir em cada reunião. Porém, reconhecemos que ele não é nenhum Jeca Tatu, para ter de andar despenteado, barbado, roupa suja ou rasgada e de pés descalços. Não sabemos se podemos dizer infelizmente ou felizmente a maioria dos nossos obreiros, não ganha o suficiente para possuir um bem sortido guarda-roupa. Isto, contudo, não indica que eles estejam condenados a andar sujos e desarrumados. De fato uma roupa usada, porém lavada e bem passada compõe melhor quem a veste, do que a melhor roupa que não esteja bem lavada e bem passada.

            Tenha ou não tenha roupas novas, o obreiro do Senhor deve se trajar condignamente com a função que exerce, lembrando-se sempre que ele é o melhor cartão de apresentação da igreja a qual pastoreia. Conhecemos muitos obreiros que estão sempre vestidos de paletó, estejam na igreja, na rua ou em viagem. Isto é bonito, porém não é indispensável, principalmente em clima quente, como acontece no Norte e Nordeste, e mesmo no Sul em determinadas épocas do ano.

 

 


Outros Cuidados Indispensáveis


                                                                                                              

Como forma de apresentar-se bem, o obreiro deve observar ainda o seguinte:

-         Ter os sapatos sempre lustrados.

-         Ter o cabelo sempre bem aparado e penteado.

-         Barbear-se diariamente. Com facilidade de aquisição de barbeadores descartáveis, não há desculpas para se andar de barba por fazer.

-         Ter as unhas sempre linhas e bem aparadas. Um pastor de unhas crescidas e sujas repugna e indispõe aqueles com quem vai falar. Conclui-se imediatamente do físico para o espiritual e pensa-se que aí está um homem negligente em tudo.

-         Ter cuidado dos dentes para que possa sorrir sem constrangimento, para tanto deve procurar os serviços dum dentista sempre que se fizer necessário. Uma boca mal cuidada e desdentada é repugnante. Naturais ou postiços, os dentes tem seu papel na apresentação do homem.

-         A escova de dente presta um grande serviço aqui, contanto que seja usada mais duma vez por dia. Viajando por regiões remotas, às vezes não há pasta dentaria disponível. Nesse caso o sabão, sal ou bicarbonato pode não Ter o mesmo sabor da pasta, mas surtem o mesmo efeito.

-         Evitar comer alho e cebola em certas ocasiões, para não exalar aquele cheiro forte que, muitas horas depois de ingeridos, ainda permanece. Devem ser evitados, principalmente quando se vai realizar um batismo, presidir uma festa de núpcias, realizar entrevistas, aconselhamento pastoral, etc.

-         Usar algum tipo de perfume e desodorante para evitar possíveis traições corporais como aquele desagradável “cheiro de corpo”.

-         Evitar falar muito em cima das pessoas, principalmente quando você sabe que tem mau hálito. Neste caso é aconselhável procurar um médico especialistas em doenças do estômago, freqüentes causas do mau hálito.

-         Combinar com gosto, suas gravatas e meias com as roupas que veste, lembrando-se que a gravata e as meias não são nenhum enfeite, mas complemento da roupa que se veste.

Devemos ter cuidado com o nosso corpo e com a nossa aparência, pois de acordo com o que escreveu o apóstolo Paulo, o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, e que não pertencemos a nós mesmos (I Cor. 6 v. 19 e 20).

 

CUIDADO COM A LINGUAGEM

 

O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, seu fiel companheiro nas lides do Evangelho: “Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm. 2 v. 15).

 

Obreiro Aprovado


                                                                                                              

Tomamos este versículo da Segunda carta de Paulo a Timóteo como introdução a este assunto, porque a nosso ver ele é o versículo que melhor fala da necessidade do obreiro apresentar-se apto diante de Deus, não só espiritualmente falando, mas também intelectualmente. Quanto melhor afinado estiver o instrumento, mais suave será a música que ele produzirá. Assim também acontece com o obreiro cristão: quanto melhor puder expressar a sua mensagem mais valerá a pena ouvir o que ele diz.

            O obreiro deve saber que, para se desincumbir do ministério que Deus lhe deu, é necessário que ele tenha não apenas boas intenções e zelo pela obra do Senhor; ele precisa ,sobretudo realizar esta obra, dando para isso o melhor de si, o melhor dos seus interesses, o melhor dos seus talentos, o melhor da sua inteligência. E, para canalizar tudo isto em benefício do reino de Deus, o obreiro precisa estar atento ao convite da sabedoria: “Eu amo aos que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão”. (Pv. 8 v. 17 – ARC).

            Se o obreiro deseja se mostrar aprovado diante de Deus e dos homens, de nada tendo do que se envergonhar, é imprescindível que ele adquira toda a instrução possível, e absorva o máximo do que os mestres e os livros possam lhe ensinar, extraindo deles todo o conhecimento disponível. O obreiro deve se esforçar para aprender tudo o que puder, porque a falta de instrução pode ser um tropeço no exercício do ministério, até mesmo dos mais santos homens de Deus.

 

O Correto Uso da Gramática


           

O fato do obreiro não possuir um bom nível de escolaridade, não deve se constituir motivo para que ele se dê ao descuido e até ao abandono da cultura. Isto é grave no ministério. O obreiro pode achar que já é tarde demais para aprender determinados princípios de linguagem. Pelo contrário, ele deve procurar de alguma forma compensar o tempo perdido, lendo bons livros, jornais e revistas, pois em geral o hábito da leitura constante gera maior habilidade e segurança no falar. Além da necessidade de cultivar o hábito da leitura, não deve faltar na biblioteca do obreiro, um bom compêndio de gramática, encontrado por preço módico nas livrarias que vendam materiais didáticos do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Lembre-se que o conhecimento de gramática não faz mal a ninguém. A convivência com pessoas cultas também ajuda muito aqui.

Por não observar determinados princípios quanto à linguagem, muitos dos nossos obreiros estão sujeitos àquela horrível troca de “L” por “R” e outros erros de pronúncia, acarretando dano ao seu próprio ministério, além de muitas outras impropriedades lingüísticas, que podem ser cometidas no púlpito e fora dele, as quais correm por conta do obreiro. Ele é quem tem que cuidar disso.

Aquela jovem poderia converter-se porque parecia estar interessada com o discurso do obreiro. Desagradou-lhe, porém, o seu modo de pronunciar certas palavras, suas constantes omissões de letras e trocas de outras, bem como outros erros de construção gramatical.

. Enquanto isto a sua atenção foi desviada da verdade para os erros de linguagem do pregador.

 

 

 

Uma Desculpa Descabida


           

Talvez você diga: “Mas eu conheci um obreiro que falava sem nenhum cuidado com gramática, e, no entanto teve sucesso no seu ministério”.Esta desculpa torna-se injustificável quando você atinar para o fato de que o povo do tempo daquele obreiro também ignorava gramática, de modo que isso não tinha muita importância. Agora, porém, quando todos freqüentam escola, se vêm nos ouvir, será lastimável se a mente deles for desviada das verdades solenes em que gostaríamos de fazê-los pensar, só por estarmos usando uma linguagem descuidada e inculta. Sabemos que mesmo uma pessoa com pouca instrução pode receber a benção de Deus; mas a sabedoria nos diz que não devemos permitir que a nossa falta de instrução impeça o Evangelho de abençoar os homens.

            O obreiro aprovado é um homem livre de inibições, podendo, portanto, manejar bem a palavra da verdade, “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef. 6 v. 17).

 

OBREIRO, EVITE ISTO!

 

          Reconhecemos que toda uma lição deste livro seria insuficiente para nela tratarmos de tudo aquilo que o obreiro deve evitar principalmente enquanto está de posse do púlpito. Muito menos podemos fazer isto em apenas dois Textos, neste e no que se segue. Assim sendo, com forma de aproveitar bem o espaço que temos, achamos por bem destacar apenas aquelas principais coisas que o obreiro deve evitar, se é que não quer ser taxado de “medíocre” quanto à cultura, por aqueles que lhe ouvem.

 

Vício de Linguagem.


           

Nesta área o obreiro deve observar o seguinte:

-         Evitar proferir as expressões “Glória a Jesus” e “Aleluia”, a cada minuto da sua mensagem; pois se isto lhe parece prova de espiritualidade, para os seus ouvintes vai parecer que você não tem outra coisa para dizer. Estas duas expressões, marcas da mensagem genuinamente pentecostal, são belas, mas quando ditas no momento apropriado, como expressão de adoração a Deus, saídas do nosso espírito e não por uma simples questão de costume.

-         Evitar no final da oração, dizer: “Eu te rogo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Em nenhum lugar das Escrituras somos ensinados a orar em nome da Trindade, mas em nome de Jesus. Pois, se alguém pede algo em nome da Trindade, a quem está pedindo?

 

Cacoetes e Gestos Extravagantes


           

Enquanto estiver pregando, o obreiro deve observar mais seguinte:

-         Evitar demasiada afetação da voz.

-         Evitar o demasiado uso do lenço para enxugar o suor do rosto, ou a saliva presa aos lábios.

-         Evitar enterrar as mãos nos bolsos da calça ou do paletó.

-         Evitar o posicionamento indiscreto das mãos.

-         Evitar fazer da mensagem que prega, uma armadilha para seus ouvintes.

-         Evitar truques em forma de gracejos ante a sua congregação, como, por exemplo, perguntar: “Se Jesus vier hoje, os irmãos ficarão alegres?” Só para que depois da congregação responder: “ficaremos”, dizer: “Pois eu subirei alegre”.

-         Evitar apoiar os cotovelos no púlpito.

-         Evitar bater no púlpito com as mãos ou com a Bíblia.

-         Evitar dar as costas para a multidão, constante e demoradamente, como quem está conversando com os demais obreiros que estão sentados no púlpito.

 

Outros Cuidados Necessários.


 

          Uma vez de posse do púlpito, enquanto prega, o obreiro deve observar ainda o seguinte:

-         Evitar apontar para o céu quando estiver falando sobre o inferno que é para baixo.

-         Evitar apontar para baixo quando tiver de falar a respeito do céu que é para cima.

-         Evitar apontar o dedo em direção de pessoas da congregação, principalmente daqueles que estão sentados ao púlpito, fazendo-os personagens das ilustrações que porventura venha a usar. Isto às vezes tem deixado a pessoa a quem se dirige em terrível situação.

 

Certo obreiro enquanto pregava sobre a conversa que o Senhor teve com Satanás a respeito da pessoa de Jó (Jó 1 e 2), todas as vezes que queria enfatizar as palavras do Senhor a Satanás, apontava o dedo bem no nariz de outro obreiro sentado no púlpito ao seu lado, e falava como se fosse o Senhor, enquanto que aquele outro obreiro era colocado no papel de Satanás. Quando a congregação descobriu o que estava acontecendo, começou a sorrir, deixando o obreiro em difícil situação.

 

OBREIRO, EVITE TAMBÉM!

 

          Além dos cuidados que o obreiro deve Ter com os assuntos já tratados no Texto anterior, há ainda pequenos riscos de interpretação, pelos quais o obreiro pode ser traído, se não possuir o necessário cuidado. Estes riscos estão ligados à própria Bíblia com os seus mil e um enigmas, só revelados àqueles que gozam de comunhão com ela.

            Desses pequenos riscos queremos enfocar alguns como mostramos a seguir.

 

Livros e Epístolas


           

Tem se tornado muito comum se ouvir pregadores se referindo a livros do Antigo Testamento, como por exemplo: 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, e 1 e 2 Crônicas, usando a ordinal primeira ou segunda, quando o correto é primeiro e segundo; já que se refere a livros mesmos e não a epístolas como as do Novo Testamento. (Ex: Primeiro Samuel, Segundo Crônicas, etc., etc.).

            O mesmo acontece em relação às epístolas, como sejam 1 e 2 Corintios, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, 1 e 2 Pedro e 1, 2 e 3 João. O correto não é “Primeiro Corintios”, “Segundo Tessalonicenses” ou “Terceiro João”; mas “Primeira aos Corintios”, “Segunda aos Tessalonicenses” e “Terceira de João”; já que se referem a epístolas ou cartas, especificamente, e não a livros.

 

Nomes Iguais


           

Pelo fato de na Bíblia haver tantos nomes de pessoas e de lugares, parecidos, há uma tendência natural de se confundir os mesmos, e de se atribuir a um nome ou lugar, fatos pertinentes a outro. Por isso é importante que o obreiro observe o seguinte:

-         Não confundir Enoque filho de Caim (Gn. 4 v. 17), com Enoque o patriarca que foi tomado pelo Senhor, (Gn. 5 v.18).

-         Não confundir Lameque, filho de Caim (Gn. 4 v. 18 e 19), com Lameque pai de Noé (Gn. 5 v. 28).

-         Não confundir Obadias, o mordomo de Acabe e fiel servo do Senhor (1 Rs. 18 v. 3), com o profeta Obadias (Ob. 1).

-         Não confundir Judas Iscariotes, com Judas, irmão do Senhor.

-         Não confundir Zacarias, o pai de João Batista (Lc. 1 v. 5), com tantos outros Zacarias encontrados na Bíblia.

-         Não confundir João Batista (Lc. 1 v. 63), com João, o discípulo amado.

-         Não confundir Maria, a mãe do Senhor (Mt. 1 v. 16), com Maria Madalena (Mt. 27 v. 56), com Maria mãe de Marcos (At. 12 v. 12), com Maria mãe de Tiago (Mt. 27 v. 56), com Maria irmã de Marta e de Lázaro (Lc. 10 v. 39), com Maria, membro da igreja em Roma, (Rm. 16 v. 6).

-         Não confundir Herodes Agripa (At. 12 v.1) com Herodes Antipas (Mt. 14 v. 1), ou com Herodes Magno (Mt. 2 v. 1).

-         Não confundir Cesaréia de Filipe (Mt. 16 v. 13) com Cesaréia porto do Mar Mediterrâneo, na Palestina (At. 8 v. 40).

-         Não confundir Antioquia da Síria (At. 6 v. 5), com Antioquia da Psídia (At. 13 v. 14).

 

Nomes Parecidos


                                                                                                              

Dada a grande semelhança que há entre determinados nomes de pessoas na Bíblia, é importante que o obreiro o seguinte:

-         Não confundir Arã com Arão.

-         Não confundir Cão com Acã.

-         Não confundir Saul com Saulo ou com Esaú.

-         Não confundir Ezequias com Zedequias ou com Ezequiel.

-         Não confundir Roboão com Jeroboão.

-         Não confundir Isaque com Zaqueu.

-         Não confundir antílope com etíope.

-         Não confundir espargir com aspergir.

-         Não confundir narizeu com nazareno.

São pequenas coisas para as quais o obreiro deve estar atento se é que não quer que o seu ministério sofra por parte dos seus ouvintes.

           

SEIS ATRIBUTOS DE UM LÍDER

 

·        OBEDIENTE – Todos nós sabemos que a obediência é chave do sucesso, para todo e qualquer líder. A auto-disciplina, em obedecer, fará do líder um espelho a ser observado e imitado. Já diz o provérbio popular: “manda quem pode, obedece quem tem Juízo.” Ninguém perde nada em ser obediente a seus líderes, por isso que é uma recomendação bíblica: “Vós, servos, obedecei a vossos senhores...” ( Ef 6.5)

·        TEMOR – “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência.” (Pv 9.10)

O líder Cristão, deve lembrar que não lidera para si, mais executa a vontade de Deus, pelo que prestará contas ao seu Senhor, de toda a mordomia a ele confiado. Acreditamos que a surpresa será grande, para os líderes que fizeram a obra de Deus “relaxadamente” , no grande de dia da prestação de contas, portanto façamos toda a boa obra com temor e tremor.

·        SINCERIDADE – Este requisito é indispensável a qualquer pessoa, porem para o líder ainda é mais. Pois o líder que não tem sinceridade diante de seus liderados terá dificuldades para obter ajuda no desempenho de sua função. Na obra de Deus, não há lugar para charlatões, desonestos e trapaceiros.

·        AMOR – Tudo aquilo que é feito com amor da certo. Aquele que ama não despreza, não abandona e não trata mal, mais antes zela, cuida e valoriza.

·        SIMPLICIDADE -  Ser simples não é sinônimo de ser bobo, mais o de não ser arrogante, soberbo. Uma das qualidade mais bonita em um líder é a simplicidade, não preciso humilhar ninguém para demonstrar conhecimento, e não é necessário colocar julgo para dizer que é líder. O bom e exemplar líder é aquele que lidera sem ditadura.

·         FIDELIDADE – Ser fiel a Deus, ao Ministério, e aos liderados é de suma importância ao líder Cristão, sabendo que através dela seremos recompensados pelo Senhor.

“Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.”

 ( 2 Tm 2.13)

 

 

ÉTICA NO CULTO

 

          Ao longo desta lição abordaremos a ética cristã no culto divino, tratando de temas tais como: diferentes tipos de culto, cântico e louvor, reverência e ordem no culto, e a condução do culto divino.

            No primeiro Texto trataremos acerca dos diferentes tipos de culto da Igreja, tais como cultos congregacionais ou cultos normais da Igreja, cultos de aniversário, cultos de formaturas, etc., inclusive quanto à maneira de dirigir cada um deles.

            No Texto seguinte trataremos da importância do cântico e do louvor como parte do nosso culto a Deus; mostrando, inclusive, que os mesmos não podem ser dirigidos a Deus de qualquer modo, mas com bom senso, sabedoria e, discernimento espiritual.

            Nos dois últimos Textos abordaremos a reverência e a ordem no culto divino, não só concernente ao lugar que se presta para adoração, mas acima de tudo, pelo fato de se estar na augusta presença de Deus. Abordaremos também a maneira correta, novotestamentária de conduzir o culto a Deus.

            Oramos no sentido de que os assuntos tratados nesta lição lhe sejam úteis à sua vida em particular e ao seu ministério de zelador dos interesses e da honra de Deus entre os salvos.

 

DIFERENTES TIPOS DE CULTO

 

          A palavra “culto” automaticamente vem ligada à idéia de louvor, reconhecimento, ações de graça; isto porque é impossível se tributar culto a alguém ou a algum tipo de deus, quando não se tem porque fazê-lo. O mesmo acontece com relação ao culto cristão. Como sem medida são as bênçãos recebidas do Senhor, inúmeros são os motivos que temos de tributar-lhe culto, honra e glória.

            O fato de o crente ter diferentes motivos de cultuar a Deus e de particularizar estes motivos, não muda a verdadeira e única razão ou objetivo do culto, - a pessoa de Jesus Cristo. Dentre os diferentes tipos de culto que os crentes tributam a Deus, destacamos os seguintes.

 

Cultos Congregacionais


           

Estes são os cultos normais da igreja: cultos evangelísticos ou de doutrina. Durante este tipo de culto, o povo de Deus canta, ora, ouve a pregação da mensagem divina, fala em línguas interpreta, profetiza, adora, contribui com suas ofertas e dízimos para sustento do trabalho do Senhor; enfim, age na liberdade do Espírito.

            Este tipo de culto tem um tríplice propósito:

1.      Contribuir para o fortalecimento dos laços do amor fraternal entre os membros da congregação;

2.      Orientar os crentes na solução dos seus problemas e na busca da santificação pessoal através da exposição da doutrina bíblica e do genuíno louvor a Deus, isto é, em espírito e em verdade.

3.      Despertar os pecadores adormecidos no pecado para a salvação bem como os crentes negligentes para uma vida sempre renovada no Espírito.

CÂNTICO E LOUVOR

 

          Você sabia que dentre as grandes religiões do mundo, o cristianismo é a única que possui hinos? Sim, o cristianismo possui nada menos do que 500 mil hinos. Isto significa que se você começasse a cantar a partir do dia do seu nascimento, cantando 17 hinos por dia, até atingir a idade de 80 anos, já teria cantado 496 mil e 400 hinos, ficando ainda 3 mil e 600 hinos por cantar. Isto é muito hino, mas este não é o problema; o problema é saber o que estes hinos significam para nós e como os estamos cantando.

 

O Cântico no Culto Cristão


           

O cântico é uma das formas mais belas de expressão de gratidão e reconhecimento pelos benefícios recebidos do Senhor. No Antigo assim como no Novo Testamento, o cântico era parte inseparável do culto e da adoração ao Pai e ao Filho. Veja por exemplo que na carta de Paulo aos Efésios, temos uma pequena amostra daquilo que era o culto da Igreja dos primórdios, e da importância que o cântico tinha no mesmo.

E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo o nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef. 5 v. 18-20).”“.

Quanto à maneira de apresentar o cântico na igreja, podemos dizer que ele pode ser apresentado das seguintes formas:

 

1. Cântico Congregacional. Por afinado que seja o coral, o conjunto jovem, etc., nada é tão importante na área do cântico quanto ouvir toda a congregação cantando e louvando ao Senhor Infelizmente em muitas de nossas igrejas, o cântico congregacional simplesmente já não existe. A música está tão estilizada que só as bandas, os corais, os conjuntos, os duetos, os trios, quartetos e cantores, participam desse tipo de louvor. Apesar de tudo isto, somos da opinião de que no que diz respeito ao canto, nada deve substituir o cântico congregacional, pois além da oração e das ofertas, esta ainda é uma das únicas maneiras pela qual a congregação participa do culto divino.

Dependendo da ocasião, os hinos devem ser alegres. Se o pastor ou dirigente do culto não tem pendores para a música, é aconselhável que lhe designe um irmão ou uma irmã, que tenha boa voz, e alguma prática de regência, para auxiliar no cântico congregacional. Esta é a melhor oportunidade de ter a cooperação da banda musical.

 

2. Conjuntos Corais. Até a poucos anos, poucas igrejas possuíam conjuntos corais. Hoje, porém, eles se têm popularizado como um instrumento indispensável no campo do cântico e do louvor. Um coral caprichosamente treinado e que esteja sob a constante unção de Deus, é algo maravilhoso de se ver e ouvir. O cantar harmonioso dum coral dá um colorido espacial a reuniões especiais, tais como: Santa Ceia, casamentos, batismos, inaugurações e cultos de aniversários. Dependo do repertório, ele tem sempre um ou mais hinos apropriados para cada ocasião.

Apesar da importância dos conjuntos corais, como já dissemos antes, deve-se evitar fazê-los instrumento de estilização do cântico.

 

3. Conjuntos Musicais em Geral. Dependendo do tamanho da igreja, além duma banda, dum ou mais conjuntos corais, ela poderá Ter mais conjuntos instrumentais e vocais, formados por jovens, conjunto de crianças, e até de senhoras do círculo de oração. Isto é bom, e mostra quão grandes são as possibilidades que se oferecem àqueles que querem participar do culto divino através do cântico.

 

4. Cantores. Além dos corais e conjuntos musicais e vocais diversos que a igreja pode Ter, ela dispõe ainda dos talentos individuais de irmãos e irmãs que se destacam pela boa voz e pela unção que evidenciam como cantores. Esses irmãos e irmãs poderão continuar uma bênção nas mãos de Deus e para a Sua obra, enquanto se mostrarem humildes e tementes ao Senhor.

            Se uma igreja ou congregação é rica em expressão musical, tendo cantores, corais diversos, conjuntos, quartetos e orquestra, o pastor ou dirigente deverá distribuir o volume de música através de diferentes cultos, durante a semana, do contrário a igreja ou congregação não terá outro elemento no culto, a não ser música, o que significa incompetência e imaturidade dos dirigentes da casa de Deus. Se isso ocorrer, significa desequilíbrio na dosagem espiritual do culto e prevalência do gosto humano nas coisas de Deus.

           

É também o caso do culto, que quando o mesmo se aproxima do seu encerramento, precedido pela pregação, o seu dirigente deve dosar os números a serem executados por coral, banda, etc, caso contrário o mensageiro de Deus não terá condições de entregar a mensagem do evangelho, e se insistir em fazê-lo, se verá diante de um auditório cansado e saturado de cânticos, que não será mais de louvor por causa do desmando. A culpa disso é dos dirigentes do culto. Tão grande responsabilidade como é a direção de um culto, não pode correr por conta de um neófito.

 

A importância do Louvor


           

Até aqui falamos da importância do cântico, seja congregacional, em grupo ou individual; agora trataremos acerca do louvor e sua importância no culto divino. Mas, cântico e louvor não são a mesma coisa? Perguntaria você. Não! Respondemos nós. Cantar é apenas bocejar palavras sob o ritmo duma música, enquanto que louvar é cantar permitindo que a letra e a melodia do hino nos mova a alma, e até mesmo ao quebrantamento e às lágrimas.

            O louvor abre os ouvidos, amacia os corações e lubrifica o mecanismo da alma dos nossos ouvintes. O louvor tem o poder de mover os cristãos mais indiferentes, à ação mais decisiva.

            Para que o louvor encontre livre o curso no meio da congregação, é mister que o dirigente do culto se coloque por inteiro sob a unção do Espírito e direção de Deus; estando inclusive preparado para que no culto aconteçam “coisas” jamais vista até então.

 

 

REVERÊNCIA E ORDEM NO CULTO

 

            A reverência e a ordem no culto divino são assuntos dos quais se ocuparam vários dos escritores da Bíblia. Pela importância do assunto nas Escrituras e no contexto deste livro, vamos citar apenas três passagens, esperando tirar delas o subsídio necessário para o fortalecimento da nossa vida quando ao culto e adoração a Deus.

-         “Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa” (Ex. 3 v. 5).

-         “Respondeu o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim” (Js. 5 v. 15).

-         “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus” (Ec. 5 v. 1).

-         “Fidelíssimos são os testemunhos; à tua casa convém a santidade, Senhor, para todo o sempre” (Sl. 93 v. 5).

-         “O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”.(Hc. 2 v. 20).

 

Pontos Importantes a Considerar


           

Há determinadas coisas, básicas, que devemos compreender se quisermos entender o significado da reverência e da ordem no culto a Deus, dentre as quais destacamos três:

 

1)     Deus é um Ser excelsamente santo, digno da mais absoluta honra e louvor do crente.

2)     O culto divino é o ponto de encontro da criatura com o Criador, do salvo com o Salvador, onde este cala e aquele ouve, guarda e teme.

3)     Somos falíveis criaturas de Deus, pelo que devemos agir reverentemente diante dEle, lembrando-nos que até mesmo os serafins se têm por imperfeitos diante da Sua augusta face, pelo que têm de encobrir os rostos e os pés quando estão diante dEle  (Is. 6 v. 2).

Aplicada a nós hoje, a ordem divina dada a Moisés e a Josué, em oportunidade distintas, “Descalça as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é santo”, fala da necessidade de policiarmos o nosso comportamento diante da presença de Deus. Isto foi o que disse Salomão, quando escreveu: “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus”.Devemos nos lembrar que o lugar do culto é um lugar diferente, não apenas por ser um templo dedicado ao Senhor, mas pela presença augusta de Deus, que é absolutamente santo.

Se como salvos, queremos mostrar reverência e ordem no culto divino, devemos ter o seguinte em mente:

1.      Sair de casa para o templo, orando em espírito, no sentido de que Deus se manifeste mais gracioso neste culto do que se mostrou no culto anterior.

2.      Ajoelhar-se em oração a Deus, ao chegar no local do culto.

3.      Manter-se em silêncio, ou lendo a sua Bíblia enquanto o culto não se inicia.

4.      Evitar conversação durante o culto, principalmente durante a pregação, para isso é preciso que vigie a si mesmo.

5.      Fechar os olhos no momento da oração, em lugar de ficar olhando o que está ocorrendo em derredor.

6.      Participar de todos os momentos do culto, como sejam: do cântico, do louvor, da oração e das ofertas.

7.      Evitar ficar saindo e entrando no templo, principalmente no momento da mensagem. Do contrário você perderá a bênção da mensagem e perturbará àqueles que desejam ouvi-la, além de pecar contra Deus por irreverência e sacrilégio. Muitos crentes se sentem frios e não sabem porque não se aquecem no Espírito. A razão pode estar aí. Veja se não é o seu caso: irreverência na casa do Senhor.

8.      Manter seus filhos perto de você ou a uma distância não muito longe, de sorte que você possa repreendê-los com um simples gesto, quando se mostrarem irrequietos.

9.      Ficar orando em espírito no momento do apelo, rogando a Deus no sentido de que as correntes da incredulidade sejam quebradas e as almas sejam salvas.

10. Nunca saia do culto antes da oração final ou do “amém”.

11. Evite sair do templo correndo. Lembre-se que o templo é a casa de Deus antes, durante e depois do culto.

12. Evite qualquer tipo de comércio nas cercanias do templo, providenciando no sentido de que os vendedores de pipoca, picolés, e outras coisas não usem a frente ou as laterais do templo para tal fim.

Lembre-se que o sucesso do culto divino depende não apenas do que Deus pode fazer, mas muitas vezes, depende também da maneira como nos comportamos durante a realização do mesmo.

 

A CONDUÇÃO DO CULTO DIVINO

 

Tanto o sucesso quanto o insucesso do culto em nossas igrejas, muito depende da forma como é conduzido. Se é conduzido sob a sábia direção do Espírito Santo, o rebanho do Senhor será levado às verdejantes pastagens das campinas do Bom Pastor (Sl. 23), e às águas cristalinas das fontes da salvação (Is. 12 v. 3). Porém, se for conduzido da forma como habitualmente ocorre em inúmeras igrejas, podemos estar certos de que no final do mesmo, os famintos estarão famintos, os sedentos mais sedentos, os infelizes mais infelizes, e os mortos espirituais sem qualquer esperança de reviverem.

 

Um Culto ou Um Velório?

           

Estaríamos sendo incoerentes com a verdade se não estivéssemos dispostos a reconhecer que em grande parte de nossas igrejas, o culto parece mais o velório do filho único duma viúva pobre, do que o festim espiritual dos filhos do Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Os cânticos de tão monótonos que são, parecem mais uma ladainha; enquanto que os testemunhos, de tanto fracasso que expressam, não passam de simples “tristemunhos”. Enquanto isto, ao Evangelho, o “vinho novo” de Deus, é dado o sabor de vinho roto. Por quê? Porque àquele que o conduz falta o toque de Deus, a direção de Jesus e o calor do Espírito Santo.

            A realidade do que aqui é dito pode ser vista no testemunho duma grande quantidade de crentes que estão abandonando os cultos nas suas igrejas, para ficar em casa ou para irem a outras igrejas cujos obreiros tem visão diferente quanto à condução do culto divino. Para esses, não há porque sair de casa após um longo dia de trabalho, para ir ao templo, para ver no culto exatamente o que vem testemunhando há anos: uma oração, dois ou três hinos, a leitura dum texto bíblico, uma oração pelos necessitados, a apresentação dos visitantes, um hino pelo coral, uma mensagem, mais uma mensagem, outra mensagem, mais hino enquanto é recolhida a oferta, mais uma pregação enquanto algumas crianças choram e outras estão a correr pelos corredores do templo, o apelo aos pecadores que desejam aceitar a Jesus, os avisos dos trabalhos da semana seguinte, a oração final, e todos outra vez de volta para casa.

 

O Culto Divino no Novo Testamento

 

            A Bíblia não estabelece o que poderíamos considerar um programa de culto para ser rigidamente seguido; porém, ao lermos o livro dos Atos dos Apóstolos, pelo menos vamos notar que o culto na Igreja primitiva era bem diferente do culto que temos hoje em grande número de nossas igrejas. Por exemplo, em I Corintios 14 v. 26 temos uma pequena amostragem dos elementos que compunham o culto na Igreja de Corinto. “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo outro doutrina, este traz revelação, aquele outra língua, e ainda outra interpretação. Seja tudo feito para edificação”.

 

 

Como Melhorar o Culto Divino

 

            Não é nosso propósito estabelecer uma norma inviolável para ser observada na condução do culto; de fato, que vemos como o Espírito possa operar num culto cujas atividades estejam presas a um programa milimétricamente cronometrado. Cremos, no entanto, que o culto divino como o celebramos hoje, pode ser mudado para melhor, mesmo sendo usados os elementos que usamos na sua celebração hoje. O que é necessário é darmos mais lugar para Deus operar, do contrário o culto passará dum simples passatempo. Portanto, para ver melhorado o nível e o aproveitamento do culto a Deus, aquele que o conduz deve observar o seguinte:

1.      Por a igreja em regime de oração, e dirigir o culto com a congregação orando em espírito, com reverência e adoração. A igreja que anda de joelhos, anda mais depressa e no rumo certo.

2.      Levar a igreja à não apenas cantar, mas principalmente a louvar. Cantar é apenas proferir palavras ao ritmo duma música; enquanto que louvar é cantar permitindo que a letra e a melodia do hino nos alcance e envolva a alma, e se necessário, até levar-nos ao quebrantamento e às lágrimas.

Para que isto seja possível, é importante que o cântico e o louvor sejam feito de forma congregacional, ou seja, com a participação de todos à congregação. Se o obreiro não tem inclinação para a música e tem dificuldades em cantar, pode designar alguém capaz como responsável por esta parte do culto.

3.      Conscientizar-se de que a pregação do Evangelho é o mais importante elemento do culto, por isso, nada, absolutamente nada deverá substituí-la, nem roubar o tempo a ela destinada.

4.      Ensinar sobre a importância e atualidade dos dons espirituais, dando lugar para a sua lugar para sua livre operação na igreja. É inexplicável a maneira como muitos dos nossos obreiros agem quantos estes assuntos, inclusive desestimulando a manifestação dos dons espirituais no culto.

Se extinguirmos o elemento sobrenatural dos nossos cultos (manifesto através dos dons do Espírito Santo), estejamos certos que, não obstante todos os demais recursos para a celebração do culto, a nossa congregação não estará em melhor situação que aqueles corpos inertes da visão do profeta Ezequiel (Ez. 37): cada osso ligado ao seu osso, sobre eles há nervos, carne e peles, porém lhes falta a vida. Que Deus tenha misericórdia de nós!

 

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO:

            È de interesse Divino que todos os Ministro do Evangelho, tenha conhecimento e ética, para que o obreiro possa ter um relacionamento interpessoal, evitando que a imagem do Pastor venha a ser marginalizada, ridicularizada e até desgastada por muitos.

 

BIBLIOGRAFIA:

 

Severino Pedro: Corpo, Alma e Espírito – CPAD

A. Pereira Vasconcelos – Ética e Clinica Pastoral (Apostila)

Nemuel Kessler – Ética Pastoral – CPAD

Diversos Autores – O Pastor Pentecostal –CPAD

José Wellington B.da Costa – Como ter um Min. Bem-sucedido –CPAD

Manual do Ministro – Myer Pearlman - CPAD

Apostila de Liderança Cristã – Aldemário Brandão - FATESB