INTRODUÇÃO:
A postura e a missão do ministro do evangelho é um dos
estudos de muita importância ao obreiro que deseja melhor servir ao Senhor, sem
ter de que envergonhar-se, a Teologia Pastoral também é conhecida como
PASTORALOGIA e a Ética Ministerial também é conhecida como MINISTÉRIOLOGIA; São
elas que estudam o comportamento, o estilo e a metodologia de culto e vida do
obreiro. Trata-se de um dos ramos da educação teológica que se preocupa com os
labores pastorais teóricos e práticos. É verdade que varia consideravelmente,
dependendo da denominação ou instituição de ensino teológico. Em princípio, “ética” pode ser definida como
o estudo crítico da moralidade. Consiste na análise da natureza da vida moral
humana, incluindo os padrões do “certo” e do “errado” pelos quais sua conduta
possa ser guiada e dirigida. Portanto “ética” é um somatório de princípios que
capacitam o homem a fazer uma escolha e a transforma-la em ação
vital.Dependendo desses princípios, essa decisão pode ser boa ou má, benéficas
ou prejudiciais á quem se destina, pessoa ou comunidade.
O OBREIRO E SUA APTIDÃO
É muito fácil aprender qual é a sua
capacidade, examinado os resultados. É preciso dizer que a maior parte de nós
não sabe valorizar as aptidões. Não conhecemos nossa capacidade nem aquilo de
que necessitamos para melhorá-las. “Não temos conhecimento das aptidões que
Deus não nos deu”. Descubra você mesmo, qual o seu trabalho no Serviço do
Senhor!!.
Temos que aprender onde nos situar e
quais são nossas aptidões para extrair o máximo de benefícios disso. Devemos
saber onde estão nossos defeitos, quais as aptidões que não temos, onde
estamos, quais são nossos valores. Pela primeira vez na história da humanidade
temos de aprender a assumir a responsabilidade de administrar a nós próprios.
Administrar a si próprios, reforçar a sua capacidade, construir seus valores.
CARACTERISTICA DE UM OBREIRO:
v O que caracteriza o “OBREIRO” é a excelência
com que realiza seu trabalho.
v Liderar não é exercer ditadura, não é mandar e sim
delegar poderes, aos que estão há nossa volta
v O pastor e líder deve manter atitude positiva, afim de
conquistar o grupo em que lidera, bem como desenvolver técnica e habilidade
para comunicar-se com seus liderados e assim conhecer as condições de sua
comunidade.
v O Obreiro deve ter CHAMADA. Ninguém que é chamado pelo
Senhor vive de um lado para outro, de um trabalho para outro, sem nunca ter
certeza da vontade de Deus, sobre a sua vida.
v O Obreiro é aquele que tem o compromisso de ensinar,
edificar e consolar com as verdades do Evangelho. Deve trabalhar para promover
o crescimento e o bem-estar espiritual dos membros de sua comunidade.
v O Obreiro deve ter VOCAÇÃO. Podemos entender por
vocação, uma tendência para determinada coisa, um pendor, uma inclinação, que
vem de berço. Destarte, uns nascem para as artes, e outros para as profissões
liberais. Porem no ministério, a vocação é diferente. É verdade que Deus
aproveita os dons naturais daqueles a quem chama para o seu serviço. A vocação
do obreiro, é algo mais do que o meramente natural, pois não é terreno nem
humano. A vocação ao ministério vem de cima, vem de Deus com a unção e a graça
do Espírito Santo.
v
O Obreiro deve pergunte-se a si mesmo: “Será que eu trabalho
bem com as pessoas?” O Pastor é aquele que sabe conquistar, se relacionar com
as pessoas, não como suas lideradas, mais como pessoas amigas e irmãs.
v Nem todos foram chamados para serem Ministros, porem
os que são chamados, devem ser sábios ao exercer seu ministério.
QUALIFICAÇÕES
MORAIS DO MINISTRO
“Esta
é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante,
sóbrio,honesto,hospitaleiro,apto para ensinar.” ( 1 Tm 3.1,2)
Se algum homem deseja ser “bispo”
(gr.episkopos, aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o
pastor) deseja um encargo nobre e importante. É necessário, porém, que essa
aspiração seja confirmada pela palavra de Deus e pela igreja, porque Deus
estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado
por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os
padrões bíblicos de ( 1 Tm 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9). O líder cristão deve ser,
antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” ( 1 Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e
sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas
de imitação. Deve manifestar exemplos na: piedade, fidelidade, pureza e
lealdade a Cristo e ao evangelho. O povo de Deus deve aprender a ética cristã,
não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo de seus lideres que
vivem conforme os padrões bíblicos.
ALGUMAS
QUALIFICAÇÕES DO OBREIRO, SEGUNDO PAULO.
(1 Timóteo 3.1-7)
1. Irrepreensível (3.2)
2. Vigilante (3.2)
3. Sóbrio (3.2)
4. Honesto (3.2)
5. Hospitaleiro (3.2)
6. Apto para ensinar (3.2)
7. Não dado ao vinho (3.3)
8. Não espancador (3.3)
9. Moderado (3.3)
10. Não contencioso (3.3)
11. Não Ambicioso por Dinheiro (3.3)
12. Não novato na fé (3.6)
13. Boa reputação fora da Igreja (3.7)
14. Marido de uma mulher (3.2)
15. Que governe bem sua própria casa (3.4,5)
16. Que tenha seus filhos em obediência e respeito (3.4)
ALGUNS DEVERES DO PASTOR E
LIDER
1. Governar –
Aos Pastores cabe a função de supervisionar, de forma sábia e competente todas
as reuniões e atividades administrativas da igreja. lembrando que está cuidando
do rebanho de Deus, por isso deve lembrar que liderar não é manter ditadura,
mais conduzir o povo com temor e tremor diante de Deus. Este governo deve ser,
dentro dos padrões bíblicos e éticos, que cabe ao bom mordomo de Deus. O bom
governo é aquele que sabe amar, cultivar e apresenta-lo a Deus sem nenhum
prejuízo.
2. Defender – O
Pastor faz parte dos oficiais do exercito de Deus, por isso deve está na frente
da batalha, procurando defender o rebanho das investidas do inimigo. Bem como
de todas as heresias e falsas doutrinas.Pois havemos de dar contas diante do
Todo-Poderoso.
3. Alimentar –
O rebanho de Deus, necessita de alimento sadio e dosado pela palavra. Aos
lideres cabe levar o povo a alimentrar-se de forma adequada, pelo ensino sábio
da palavra de Deus.
4. Cuidar –
Sempre existe ovelhas fracas, feridas e algumas vezes querendo desgarrar-se do
rebanho. O Pastor, com paciência e amor, seguindo o exemplo do Divino Pastor,
tem de cuidar de todas; e não somente da mais gorda ou mais bonita, mais de
todas.
O sucesso no Ministério está fundamentalmente ligado
ao caráter santificado do Ministro. Por isso é exigido que a vida do ministro
seja autentica, isto é, transparente aos olhos dos liderados. Não significa ser
perfeito, sem pecado. Os apóstolos não foram perfeitos sem falhas. Todos
tiveram seus erros e defeitos de personalidade, porém, no todo, suas vidas
demonstram elevado grau de piedade, sinceridade e santidade. O bom seria se
pudesse dizer isso de todos os ministros. O exemplo do ministro falará mais
alto do que todos os seus sermões, estudos e escritos.
COMPETE
AO PASTOR
1. Pregar – O
Pastor deve sempre esta pregando em cultos públicos, festividades,
concentrações evangelísticas, e outras reuniões, pois ninguém melhor duque o
Pastor para saber as necessidades de sua igreja local.
2. Ensinar –
Ensinar aos membros e congregados a sã doutrina da Palavra de Deus, é uma
tarefa exclusiva do Pastor da igreja, pois através de um ensino edificante o
crescimento espiritual da congregação será observado por todos que a vêem,
direta ou indiretamente.
3. Preparar – O
bom líder é aquele que consegue preparar novos obreiro, que não tem o monopólio
de sua igreja, mais que lidera seus obreiros e membros, preparando-os para o
exercício do evangelho. Formar novos lideres é essencial para o crescimento de
uma igreja.
UM
MINISTÉRIO BEM-SUCEDIDO
1. Começar pelas coisas pequenas – Muitos obreiros, querem começar com igrejas
grandes, numerosas, e esquecem-se que o maior interesse Deus é que vidas venha
a adora-lo.O Obreiro deve ser um ganhador de almas, arrebatador de vidas que
perecem sem Deus e sem salvação e não um empreendedor de igrejas.
2. É preciso valorizar o Ministério - O ministro que não valoriza o que recebeu de Deus, terá
muitas dificuldades, em descobrir a vontade do Senhor sobre a sua vida; Por
isso muitos vivem como peregrino, sem lugar para ficar, sem pastor para os
apascentar, pois não valorizam o que receberam de Deus.
3. Superar as frustrações no ministério - Um determinado pastor, declarou, ministério é o
campeão das frustrações, para muitos obreiros.
4. Obediência e submissão - A obediência traz muitas bênçãos ao ministério do
obreiro.
5. Ter cuidado com a família – I Tm 5.8
PRIORIDADE
MINISTERIAL
1. Deus
2. Família
3. Trabalho (vida social)
4. Igreja
Itens a serem Priorizados
·
Amar a si mesmo e ao próximo
·
Área Financeira ( seja moderado)
·
Ser Dizimista fiel
·
Seja Ofertante voluntário
·
Não ser fiador de estranhos
·
Administrar sabiamente o dinheiro e seus bens
SUCESSO MINISTERIAL
Seu
ministério é problema seu, administrá-lo não é fácil. Mas crescer e prosperar
ministerialmente só depende de você.
·
O Obreiro deve
pensar em crescer, não só no sentido de tornar-se conhecido, mais
intelectualmente e espiritualmente, afim de fazer toda a boa obra, que lhe
conferido. “E o Senhor vos aumente, e faça crescer...” ( 1 Tss 3.12)
·
O obreiro precisa
investir, fazendo bons cursos, adquirindo boas literaturas, e participando de
seminários, palestras e etc. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela
palavra de Deus.”
( Rm 10.17)
·
O obreiro precisa
prosperar, não só na área financeira, mais em conhecimento, quantos obreiros
que não sabem nem sequer citar as divisões da bíblia? Não podemos ser ANÃO
espiritual, precisamos crescer. “Antes crescei na graça e conhecimento de
nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.” ( 2 Pe 3.18).
·
Nenhum grupo ou
comunidade, vai se preocupar com seu crescimento. Isso é problema,
exclusivamente seu. Algumas igreja, fazem investimento em seus obreiros e
lideres, porem cabe ao próprio líder o desejo de desenvolver-se ministerialmente.
Não deixe que nada venha impedir o seu crescer e o seu prosperar. Cabe a você
gerenciá-los.
ÉTICA
INDIVIDUAL
·
Preservação da vida Física
·
Alimentos
·
Bebidas
·
Ar
·
Limpeza
·
Exercício
·
Descanso
·
Preservação da vida Espiritual
·
Alimentar-se da Palavra
·
Viver em ambiente Saudável
·
Santificação
·
Descanso dos Problemas
·
Literatura
·
Conduta Individual
a. Não ensoberbecer-se
b. Ter cuidado com quem entra
na sua casa
c. Não coloque seus filhos no
chão para hospedar alguém.
d. Não deixe que ninguém venha
intervir em sua vida pessoal
e. Não tome dinheiro emprestado
de membros de sua igreja.
ÉTICA
SOCIAL
·
Desonestidade
·
Falta de Testemunho
·
Calúnia
·
Mexerico
·
Inveja
·
Cumprir com contratos e palavra
·
Fraterno
ÉTICA MINISTERIAL
O
sucesso do obreiro cristão depende não apenas da sua integridade espiritual, e
do desvelo com que se desincumbe do ministério que Deus lhe tem confiado; mas
também da forma como ele se traja, se apresenta e fala a sua própria língua.
De tão fundamental que é este
assunto, do obreiro se requer o seguinte:
1. Cuidado com a sua maneira de trajar, inclusive não
relaxando determinados princípios de higiene, nunca se esquecendo que o obreiro
é o melhor cartão de apresentação da sua igreja.
2. Zelo por uma linguagem sadia; linguagem não só
espiritualmente pura, mas também gramaticalmente correta.
3. Evitar determinados vícios de linguagem, que em geral
podem levar os ouvintes a considerar o obreiro um “medíocre” quanto à cultura.
PRINCÍPIOS
DE ETIQUETA E DE HIGIENE
Além dos cuidados espirituais que o obreiro deve ter na
conservação da sua comunhão com Deus e do seu ministério, ele deve ter cuidados
especiais com a sua maneira de ser e de agir noutras áreas da vida; entre as
quais se destacam a sua maneira de vestir e a forma como encara a higiene.
Cuidado no Trajar
Reconhecemos que o obreiro não é nenhum astro do
cinema, que tenha luxuosas roupas para vestir em cada reunião. Porém,
reconhecemos que ele não é nenhum Jeca Tatu, para ter de andar despenteado,
barbado, roupa suja ou rasgada e de pés descalços. Não sabemos se podemos dizer
infelizmente ou felizmente a maioria dos nossos obreiros, não ganha o
suficiente para possuir um bem sortido guarda-roupa. Isto, contudo, não indica
que eles estejam condenados a andar sujos e desarrumados. De fato uma roupa
usada, porém lavada e bem passada compõe melhor quem a veste, do que a melhor
roupa que não esteja bem lavada e bem passada.
Tenha ou não tenha roupas novas, o
obreiro do Senhor deve se trajar condignamente com a função que exerce,
lembrando-se sempre que ele é o melhor cartão de apresentação da igreja a qual
pastoreia. Conhecemos muitos obreiros que estão sempre vestidos de paletó,
estejam na igreja, na rua ou em viagem. Isto é bonito, porém não é
indispensável, principalmente em clima quente, como acontece no Norte e
Nordeste, e mesmo no Sul em determinadas épocas do ano.
Outros Cuidados
Indispensáveis
Como forma de apresentar-se bem, o obreiro deve
observar ainda o seguinte:
-
Ter os sapatos
sempre lustrados.
-
Ter o cabelo
sempre bem aparado e penteado.
-
Barbear-se
diariamente. Com facilidade de aquisição de barbeadores descartáveis, não há
desculpas para se andar de barba por fazer.
-
Ter as unhas
sempre linhas e bem aparadas. Um pastor de unhas crescidas e sujas repugna e
indispõe aqueles com quem vai falar. Conclui-se imediatamente do físico para o
espiritual e pensa-se que aí está um homem negligente em tudo.
-
Ter cuidado dos
dentes para que possa sorrir sem constrangimento, para tanto deve procurar os
serviços dum dentista sempre que se fizer necessário. Uma boca mal cuidada e desdentada
é repugnante. Naturais ou postiços, os dentes tem seu papel na apresentação do
homem.
-
A escova de dente
presta um grande serviço aqui, contanto que seja usada mais duma vez por dia.
Viajando por regiões remotas, às vezes não há pasta dentaria disponível. Nesse
caso o sabão, sal ou bicarbonato pode não Ter o mesmo sabor da pasta, mas
surtem o mesmo efeito.
-
Evitar comer alho
e cebola em certas ocasiões, para não exalar aquele cheiro forte que, muitas
horas depois de ingeridos, ainda permanece. Devem ser evitados, principalmente
quando se vai realizar um batismo, presidir uma festa de núpcias, realizar
entrevistas, aconselhamento pastoral, etc.
-
Usar algum tipo
de perfume e desodorante para evitar possíveis traições corporais como aquele
desagradável “cheiro de corpo”.
-
Evitar falar
muito em cima das pessoas, principalmente quando você sabe que tem mau hálito.
Neste caso é aconselhável procurar um médico especialistas em doenças do
estômago, freqüentes causas do mau hálito.
-
Combinar com
gosto, suas gravatas e meias com as roupas que veste, lembrando-se que a
gravata e as meias não são nenhum enfeite, mas complemento da roupa que se
veste.
Devemos ter cuidado com o nosso corpo e com a nossa
aparência, pois de acordo com o que escreveu o apóstolo Paulo, o nosso corpo é
o templo do Espírito Santo, e que não pertencemos a nós mesmos (I Cor. 6 v. 19
e 20).
CUIDADO
COM A LINGUAGEM
O apóstolo Paulo
escreveu a Timóteo, seu fiel companheiro nas lides do Evangelho: “Procura
apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm. 2 v. 15).
Obreiro Aprovado
Tomamos este versículo da Segunda carta de Paulo a
Timóteo como introdução a este assunto, porque a nosso ver ele é o versículo
que melhor fala da necessidade do obreiro apresentar-se apto diante de Deus,
não só espiritualmente falando, mas também intelectualmente. Quanto melhor
afinado estiver o instrumento, mais suave será a música que ele produzirá.
Assim também acontece com o obreiro cristão: quanto melhor puder expressar a
sua mensagem mais valerá a pena ouvir o que ele diz.
O obreiro deve saber que, para se
desincumbir do ministério que Deus lhe deu, é necessário que ele tenha não
apenas boas intenções e zelo pela obra do Senhor; ele precisa ,sobretudo
realizar esta obra, dando para isso o melhor de si, o melhor dos seus
interesses, o melhor dos seus talentos, o melhor da sua inteligência. E, para
canalizar tudo isto em benefício do reino de Deus, o obreiro precisa estar
atento ao convite da sabedoria: “Eu amo aos que me amam, e os que de madrugada
me buscam me acharão”. (Pv. 8 v. 17 – ARC).
Se o obreiro deseja se mostrar
aprovado diante de Deus e dos homens, de nada tendo do que se envergonhar, é
imprescindível que ele adquira toda a instrução possível, e absorva o máximo do
que os mestres e os livros possam lhe ensinar, extraindo deles todo o
conhecimento disponível. O obreiro deve se esforçar para aprender tudo o que
puder, porque a falta de instrução pode ser um tropeço no exercício do
ministério, até mesmo dos mais santos homens de Deus.
O Correto Uso da
Gramática
O fato do obreiro não possuir um bom nível de
escolaridade, não deve se constituir motivo para que ele se dê ao descuido e
até ao abandono da cultura. Isto é grave no ministério. O obreiro pode achar
que já é tarde demais para aprender determinados princípios de linguagem. Pelo
contrário, ele deve procurar de alguma forma compensar o tempo perdido, lendo
bons livros, jornais e revistas, pois em geral o hábito da leitura constante
gera maior habilidade e segurança no falar. Além da necessidade de cultivar o
hábito da leitura, não deve faltar na biblioteca do obreiro, um bom compêndio
de gramática, encontrado por preço módico nas livrarias que vendam materiais
didáticos do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Lembre-se que o
conhecimento de gramática não faz mal a ninguém. A convivência com pessoas
cultas também ajuda muito aqui.
Por não observar determinados princípios quanto à
linguagem, muitos dos nossos obreiros estão sujeitos àquela horrível troca de
“L” por “R” e outros erros de pronúncia, acarretando dano ao seu próprio
ministério, além de muitas outras impropriedades lingüísticas, que podem ser
cometidas no púlpito e fora dele, as quais correm por conta do obreiro. Ele é
quem tem que cuidar disso.
Aquela jovem poderia converter-se porque parecia estar
interessada com o discurso do obreiro. Desagradou-lhe, porém, o seu modo de
pronunciar certas palavras, suas constantes omissões de letras e trocas de
outras, bem como outros erros de construção gramatical.
. Enquanto isto a sua atenção foi desviada da verdade
para os erros de linguagem do pregador.
Uma Desculpa
Descabida
Talvez você diga: “Mas eu conheci um obreiro que
falava sem nenhum cuidado com gramática, e, no entanto teve sucesso no seu
ministério”.Esta desculpa torna-se injustificável quando você atinar para o
fato de que o povo do tempo daquele obreiro também ignorava gramática, de modo
que isso não tinha muita importância. Agora, porém, quando todos freqüentam
escola, se vêm nos ouvir, será lastimável se a mente deles for desviada das
verdades solenes em que gostaríamos de fazê-los pensar, só por estarmos usando
uma linguagem descuidada e inculta. Sabemos que mesmo uma pessoa com pouca
instrução pode receber a benção de Deus; mas a sabedoria nos diz que não
devemos permitir que a nossa falta de instrução impeça o Evangelho de abençoar
os homens.
O obreiro aprovado é um homem livre
de inibições, podendo, portanto, manejar bem a palavra da verdade, “a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef. 6 v. 17).
OBREIRO,
EVITE ISTO!
Reconhecemos que toda uma lição deste
livro seria insuficiente para nela tratarmos de tudo aquilo que o obreiro deve
evitar principalmente enquanto está de posse do púlpito. Muito menos podemos
fazer isto em apenas dois Textos, neste e no que se segue. Assim sendo, com
forma de aproveitar bem o espaço que temos, achamos por bem destacar apenas
aquelas principais coisas que o obreiro deve evitar, se é que não quer ser taxado
de “medíocre” quanto à cultura, por aqueles que lhe ouvem.
Vício de
Linguagem.
Nesta área o obreiro deve observar o seguinte:
-
Evitar proferir
as expressões “Glória a Jesus” e “Aleluia”, a cada minuto da sua mensagem; pois
se isto lhe parece prova de espiritualidade, para os seus ouvintes vai parecer
que você não tem outra coisa para dizer. Estas duas expressões, marcas da
mensagem genuinamente pentecostal, são belas, mas quando ditas no momento
apropriado, como expressão de adoração a Deus, saídas do nosso espírito e não
por uma simples questão de costume.
-
Evitar no final
da oração, dizer: “Eu te rogo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.
Em nenhum lugar das Escrituras somos ensinados a orar em nome da Trindade, mas
em nome de Jesus. Pois, se alguém pede algo em nome da Trindade, a quem está
pedindo?
Cacoetes e Gestos
Extravagantes
Enquanto estiver pregando, o obreiro deve observar
mais seguinte:
-
Evitar demasiada
afetação da voz.
-
Evitar o
demasiado uso do lenço para enxugar o suor do rosto, ou a saliva presa aos
lábios.
-
Evitar enterrar
as mãos nos bolsos da calça ou do paletó.
-
Evitar o
posicionamento indiscreto das mãos.
-
Evitar fazer da
mensagem que prega, uma armadilha para seus ouvintes.
-
Evitar truques em
forma de gracejos ante a sua congregação, como, por exemplo, perguntar: “Se
Jesus vier hoje, os irmãos ficarão alegres?” Só para que depois da congregação
responder: “ficaremos”, dizer: “Pois eu subirei alegre”.
-
Evitar apoiar os
cotovelos no púlpito.
-
Evitar bater no
púlpito com as mãos ou com a Bíblia.
-
Evitar dar as
costas para a multidão, constante e demoradamente, como quem está conversando
com os demais obreiros que estão sentados no púlpito.
Outros Cuidados
Necessários.
Uma vez de posse do púlpito, enquanto
prega, o obreiro deve observar ainda o seguinte:
-
Evitar apontar
para o céu quando estiver falando sobre o inferno que é para baixo.
-
Evitar apontar
para baixo quando tiver de falar a respeito do céu que é para cima.
-
Evitar apontar o
dedo em direção de pessoas da congregação, principalmente daqueles que estão
sentados ao púlpito, fazendo-os personagens das ilustrações que porventura
venha a usar. Isto às vezes tem deixado a pessoa a quem se dirige em terrível
situação.
Certo obreiro enquanto pregava sobre a conversa que o
Senhor teve com Satanás a respeito da pessoa de Jó (Jó 1 e 2), todas as vezes
que queria enfatizar as palavras do Senhor a Satanás, apontava o dedo bem no
nariz de outro obreiro sentado no púlpito ao seu lado, e falava como se fosse o
Senhor, enquanto que aquele outro obreiro era colocado no papel de Satanás.
Quando a congregação descobriu o que estava acontecendo, começou a sorrir,
deixando o obreiro em difícil situação.
OBREIRO,
EVITE TAMBÉM!
Além dos cuidados que o obreiro deve
Ter com os assuntos já tratados no Texto anterior, há ainda pequenos riscos de
interpretação, pelos quais o obreiro pode ser traído, se não possuir o
necessário cuidado. Estes riscos estão ligados à própria Bíblia com os seus mil
e um enigmas, só revelados àqueles que gozam de comunhão com ela.
Desses pequenos riscos queremos
enfocar alguns como mostramos a seguir.
Livros e
Epístolas
Tem se tornado muito comum se ouvir pregadores se
referindo a livros do Antigo Testamento, como por exemplo: 1 e 2 Samuel, 1 e 2
Reis, e 1 e 2 Crônicas, usando a ordinal primeira ou segunda, quando o correto
é primeiro e segundo; já que se refere a livros mesmos e não a epístolas como as
do Novo Testamento. (Ex: Primeiro Samuel, Segundo Crônicas, etc., etc.).
O mesmo acontece em relação às
epístolas, como sejam 1 e 2 Corintios, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, 1
e 2 Pedro e 1, 2 e 3 João. O correto não é “Primeiro Corintios”, “Segundo
Tessalonicenses” ou “Terceiro João”; mas “Primeira aos Corintios”, “Segunda aos
Tessalonicenses” e “Terceira de João”; já que se referem a epístolas ou cartas,
especificamente, e não a livros.
Nomes Iguais
Pelo fato de na Bíblia haver tantos nomes de pessoas e
de lugares, parecidos, há uma tendência natural de se confundir os mesmos, e de
se atribuir a um nome ou lugar, fatos pertinentes a outro. Por isso é
importante que o obreiro observe o seguinte:
-
Não confundir
Enoque filho de Caim (Gn. 4 v. 17), com Enoque o patriarca que foi tomado pelo
Senhor, (Gn. 5 v.18).
-
Não confundir
Lameque, filho de Caim (Gn. 4 v. 18 e 19), com Lameque pai de Noé (Gn. 5 v.
28).
-
Não confundir
Obadias, o mordomo de Acabe e fiel servo do Senhor (1 Rs. 18 v. 3), com o
profeta Obadias (Ob. 1).
-
Não confundir
Judas Iscariotes, com Judas, irmão do Senhor.
-
Não confundir
Zacarias, o pai de João Batista (Lc. 1 v. 5), com tantos outros Zacarias
encontrados na Bíblia.
-
Não confundir
João Batista (Lc. 1 v. 63), com João, o discípulo amado.
-
Não confundir
Maria, a mãe do Senhor (Mt. 1 v. 16), com Maria Madalena (Mt. 27 v. 56), com
Maria mãe de Marcos (At. 12 v. 12), com Maria mãe de Tiago (Mt. 27 v. 56), com
Maria irmã de Marta e de Lázaro (Lc. 10 v. 39), com Maria, membro da igreja em
Roma, (Rm. 16 v. 6).
-
Não confundir
Herodes Agripa (At. 12 v.1) com Herodes Antipas (Mt. 14 v. 1), ou com Herodes
Magno (Mt. 2 v. 1).
-
Não confundir
Cesaréia de Filipe (Mt. 16 v. 13) com Cesaréia porto do Mar Mediterrâneo, na
Palestina (At. 8 v. 40).
-
Não confundir
Antioquia da Síria (At. 6 v. 5), com Antioquia da Psídia (At. 13 v. 14).
Nomes Parecidos
Dada a grande semelhança que há entre determinados
nomes de pessoas na Bíblia, é importante que o obreiro o seguinte:
-
Não confundir Arã
com Arão.
-
Não confundir Cão
com Acã.
-
Não confundir
Saul com Saulo ou com Esaú.
-
Não confundir
Ezequias com Zedequias ou com Ezequiel.
-
Não confundir
Roboão com Jeroboão.
-
Não confundir
Isaque com Zaqueu.
-
Não confundir
antílope com etíope.
-
Não confundir
espargir com aspergir.
-
Não confundir
narizeu com nazareno.
São pequenas coisas para as quais o obreiro deve estar
atento se é que não quer que o seu ministério sofra por parte dos seus
ouvintes.
SEIS
ATRIBUTOS DE UM LÍDER
·
OBEDIENTE – Todos nós sabemos que a obediência é chave do
sucesso, para todo e qualquer líder. A auto-disciplina, em obedecer, fará do
líder um espelho a ser observado e imitado. Já diz o provérbio popular: “manda
quem pode, obedece quem tem Juízo.” Ninguém perde nada em ser obediente a
seus líderes, por isso que é uma recomendação bíblica: “Vós, servos, obedecei a
vossos senhores...” ( Ef 6.5)
·
TEMOR – “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o
conhecimento do Santo a prudência.” (Pv 9.10)
O líder Cristão, deve lembrar que não lidera para si,
mais executa a vontade de Deus, pelo que prestará contas ao seu Senhor, de toda
a mordomia a ele confiado. Acreditamos que a surpresa será grande, para os
líderes que fizeram a obra de Deus “relaxadamente” , no grande de dia da
prestação de contas, portanto façamos toda a boa obra com temor e tremor.
·
SINCERIDADE – Este requisito é indispensável a qualquer pessoa,
porem para o líder ainda é mais. Pois o líder que não tem sinceridade diante de
seus liderados terá dificuldades para obter ajuda no desempenho de sua função.
Na obra de Deus, não há lugar para charlatões, desonestos e trapaceiros.
·
AMOR – Tudo aquilo que é feito com amor da certo. Aquele que
ama não despreza, não abandona e não trata mal, mais antes zela, cuida e
valoriza.
·
SIMPLICIDADE -
Ser simples não é sinônimo de ser bobo, mais o
de não ser arrogante, soberbo. Uma das qualidade mais bonita em um líder é a simplicidade,
não preciso humilhar ninguém para demonstrar conhecimento, e não é necessário
colocar julgo para dizer que é líder. O bom e exemplar líder é aquele que
lidera sem ditadura.
·
FIDELIDADE – Ser fiel a Deus, ao Ministério, e aos liderados é de
suma importância ao líder Cristão, sabendo que através dela seremos
recompensados pelo Senhor.
“Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode
negar-se a si mesmo.”
( 2 Tm 2.13)
ÉTICA NO
CULTO
Ao longo desta lição abordaremos a
ética cristã no culto divino, tratando de temas tais como: diferentes tipos de
culto, cântico e louvor, reverência e ordem no culto, e a condução do culto
divino.
No primeiro Texto trataremos acerca
dos diferentes tipos de culto da Igreja, tais como cultos congregacionais ou
cultos normais da Igreja, cultos de aniversário, cultos de formaturas, etc.,
inclusive quanto à maneira de dirigir cada um deles.
No Texto seguinte trataremos da
importância do cântico e do louvor como parte do nosso culto a Deus; mostrando,
inclusive, que os mesmos não podem ser dirigidos a Deus de qualquer modo, mas
com bom senso, sabedoria e, discernimento espiritual.
Nos dois últimos Textos abordaremos
a reverência e a ordem no culto divino, não só concernente ao lugar que se
presta para adoração, mas acima de tudo, pelo fato de se estar na augusta
presença de Deus. Abordaremos também a maneira correta, novotestamentária de
conduzir o culto a Deus.
Oramos no sentido de que os assuntos
tratados nesta lição lhe sejam úteis à sua vida em particular e ao seu
ministério de zelador dos interesses e da honra de Deus entre os salvos.
DIFERENTES TIPOS DE CULTO
A palavra “culto” automaticamente vem
ligada à idéia de louvor, reconhecimento, ações de graça; isto porque é
impossível se tributar culto a alguém ou a algum tipo de deus, quando não se
tem porque fazê-lo. O mesmo acontece com relação ao culto cristão. Como sem
medida são as bênçãos recebidas do Senhor, inúmeros são os motivos que temos de
tributar-lhe culto, honra e glória.
O fato de o crente ter diferentes
motivos de cultuar a Deus e de particularizar estes motivos, não muda a
verdadeira e única razão ou objetivo do culto, - a pessoa de Jesus Cristo.
Dentre os diferentes tipos de culto que os crentes tributam a Deus, destacamos
os seguintes.
Cultos
Congregacionais
Estes são os cultos normais da igreja: cultos
evangelísticos ou de doutrina. Durante este tipo de culto, o povo de Deus
canta, ora, ouve a pregação da mensagem divina, fala em línguas interpreta,
profetiza, adora, contribui com suas ofertas e dízimos para sustento do
trabalho do Senhor; enfim, age na liberdade do Espírito.
Este tipo de culto tem um tríplice
propósito:
1. Contribuir para o fortalecimento dos laços do amor
fraternal entre os membros da congregação;
2. Orientar os crentes na solução dos seus problemas e na
busca da santificação pessoal através da exposição da doutrina bíblica e do
genuíno louvor a Deus, isto é, em espírito e em verdade.
3. Despertar os pecadores adormecidos no pecado para a
salvação bem como os crentes negligentes para uma vida sempre renovada no
Espírito.
CÂNTICO
E LOUVOR
Você sabia que dentre as grandes
religiões do mundo, o cristianismo é a única que possui hinos? Sim, o
cristianismo possui nada menos do que 500 mil hinos. Isto significa que se você
começasse a cantar a partir do dia do seu nascimento, cantando 17 hinos por
dia, até atingir a idade de 80 anos, já teria cantado 496 mil e 400 hinos,
ficando ainda 3 mil e 600 hinos por cantar. Isto é muito hino, mas este não é o
problema; o problema é saber o que estes hinos significam para nós e como os
estamos cantando.
O Cântico no
Culto Cristão
O cântico é uma das formas mais belas de expressão de
gratidão e reconhecimento pelos benefícios recebidos do Senhor. No Antigo assim
como no Novo Testamento, o cântico era parte inseparável do culto e da adoração
ao Pai e ao Filho. Veja por exemplo que na carta de Paulo aos Efésios, temos
uma pequena amostra daquilo que era o culto da Igreja dos primórdios, e da
importância que o cântico tinha no mesmo.
“E não vos
embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com
hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo o nosso Deus e Pai,
em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef. 5 v. 18-20).”“.
Quanto à maneira de apresentar o cântico na igreja,
podemos dizer que ele pode ser apresentado das seguintes formas:
1. Cântico
Congregacional. Por afinado que seja o coral, o conjunto jovem, etc., nada é
tão importante na área do cântico quanto ouvir toda a congregação cantando e
louvando ao Senhor Infelizmente em muitas de nossas igrejas, o cântico
congregacional simplesmente já não existe. A música está tão estilizada que só
as bandas, os corais, os conjuntos, os duetos, os trios, quartetos e cantores,
participam desse tipo de louvor. Apesar de tudo isto, somos da opinião de que
no que diz respeito ao canto, nada deve substituir o cântico congregacional,
pois além da oração e das ofertas, esta ainda é uma das únicas maneiras pela
qual a congregação participa do culto divino.
Dependendo da ocasião, os hinos devem ser alegres. Se
o pastor ou dirigente do culto não tem pendores para a música, é aconselhável
que lhe designe um irmão ou uma irmã, que tenha boa voz, e alguma prática de
regência, para auxiliar no cântico congregacional. Esta é a melhor oportunidade
de ter a cooperação da banda musical.
2. Conjuntos
Corais. Até a poucos anos, poucas igrejas possuíam conjuntos corais. Hoje,
porém, eles se têm popularizado como um instrumento indispensável no campo do
cântico e do louvor. Um coral caprichosamente treinado e que esteja sob a
constante unção de Deus, é algo maravilhoso de se ver e ouvir. O cantar
harmonioso dum coral dá um colorido espacial a reuniões especiais, tais como:
Santa Ceia, casamentos, batismos, inaugurações e cultos de aniversários.
Dependo do repertório, ele tem sempre um ou mais hinos apropriados para cada
ocasião.
Apesar da importância dos conjuntos corais, como já
dissemos antes, deve-se evitar fazê-los instrumento de estilização do cântico.
3. Conjuntos
Musicais em Geral. Dependendo do tamanho da igreja, além duma banda, dum ou
mais conjuntos corais, ela poderá Ter mais conjuntos instrumentais e vocais,
formados por jovens, conjunto de crianças, e até de senhoras do círculo de
oração. Isto é bom, e mostra quão grandes são as possibilidades que se oferecem
àqueles que querem participar do culto divino através do cântico.
4. Cantores. Além
dos corais e conjuntos musicais e vocais diversos que a igreja pode Ter, ela
dispõe ainda dos talentos individuais de irmãos e irmãs que se destacam pela
boa voz e pela unção que evidenciam como cantores. Esses irmãos e irmãs poderão
continuar uma bênção nas mãos de Deus e para a Sua obra, enquanto se mostrarem
humildes e tementes ao Senhor.
Se uma igreja ou congregação é rica
em expressão musical, tendo cantores, corais diversos, conjuntos, quartetos e
orquestra, o pastor ou dirigente deverá distribuir o volume de música através
de diferentes cultos, durante a semana, do contrário a igreja ou congregação
não terá outro elemento no culto, a não ser música, o que significa
incompetência e imaturidade dos dirigentes da casa de Deus. Se isso ocorrer,
significa desequilíbrio na dosagem espiritual do culto e prevalência do gosto
humano nas coisas de Deus.
É também o caso do culto, que quando o mesmo se
aproxima do seu encerramento, precedido pela pregação, o seu dirigente deve
dosar os números a serem executados por coral, banda, etc, caso contrário o
mensageiro de Deus não terá condições de entregar a mensagem do evangelho, e se
insistir em fazê-lo, se verá diante de um auditório cansado e saturado de
cânticos, que não será mais de louvor por causa do desmando. A culpa disso é
dos dirigentes do culto. Tão grande responsabilidade como é a direção de um
culto, não pode correr por conta de um neófito.
A importância do
Louvor
Até aqui falamos da importância do cântico, seja
congregacional, em grupo ou individual; agora trataremos acerca do louvor e sua
importância no culto divino. Mas, cântico e louvor não são a mesma coisa?
Perguntaria você. Não! Respondemos nós. Cantar é apenas bocejar palavras sob o
ritmo duma música, enquanto que louvar é cantar permitindo que a letra e a
melodia do hino nos mova a alma, e até mesmo ao quebrantamento e às lágrimas.
O louvor abre os ouvidos, amacia os
corações e lubrifica o mecanismo da alma dos nossos ouvintes. O louvor tem o
poder de mover os cristãos mais indiferentes, à ação mais decisiva.
Para que o louvor encontre livre o
curso no meio da congregação, é mister que o dirigente do culto se coloque por
inteiro sob a unção do Espírito e direção de Deus; estando inclusive preparado
para que no culto aconteçam “coisas” jamais vista até então.
REVERÊNCIA
E ORDEM NO CULTO
A reverência e a ordem no culto
divino são assuntos dos quais se ocuparam vários dos escritores da Bíblia. Pela
importância do assunto nas Escrituras e no contexto deste livro, vamos citar
apenas três passagens, esperando tirar delas o subsídio necessário para o
fortalecimento da nossa vida quando ao culto e adoração a Deus.
-
“Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés,
porque o lugar em que estás é terra santa” (Ex. 3 v. 5).
-
“Respondeu o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça as
sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim”
(Js. 5 v. 15).
-
“Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus” (Ec. 5 v. 1).
-
“Fidelíssimos são os testemunhos; à tua casa convém a santidade,
Senhor, para todo o sempre” (Sl. 93 v. 5).
-
“O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a
terra”.(Hc. 2 v. 20).
Pontos
Importantes a Considerar
Há determinadas coisas, básicas, que devemos
compreender se quisermos entender o significado da reverência e da ordem no
culto a Deus, dentre as quais destacamos três:
1) Deus é um Ser excelsamente santo, digno da mais
absoluta honra e louvor do crente.
2) O culto divino é o ponto de encontro da criatura com o
Criador, do salvo com o Salvador, onde este cala e aquele ouve, guarda e teme.
3) Somos falíveis criaturas de Deus, pelo que devemos
agir reverentemente diante dEle, lembrando-nos que até mesmo os serafins se têm
por imperfeitos diante da Sua augusta face, pelo que têm de encobrir os rostos
e os pés quando estão diante dEle (Is. 6
v. 2).
Aplicada a nós hoje, a ordem divina dada a Moisés e a
Josué, em oportunidade distintas, “Descalça
as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é santo”, fala da
necessidade de policiarmos o nosso comportamento diante da presença de Deus.
Isto foi o que disse Salomão, quando escreveu: “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus”.Devemos nos
lembrar que o lugar do culto é um lugar diferente, não apenas por ser um templo
dedicado ao Senhor, mas pela presença augusta de Deus, que é absolutamente
santo.
Se como salvos, queremos mostrar reverência e ordem no
culto divino, devemos ter o seguinte em mente:
1. Sair de casa para o templo, orando em espírito, no
sentido de que Deus se manifeste mais gracioso neste culto do que se mostrou no
culto anterior.
2. Ajoelhar-se em oração a Deus, ao chegar no local do
culto.
3. Manter-se em silêncio, ou lendo a sua Bíblia enquanto
o culto não se inicia.
4. Evitar conversação durante o culto, principalmente
durante a pregação, para isso é preciso que vigie a si mesmo.
5. Fechar os olhos no momento da oração, em lugar de
ficar olhando o que está ocorrendo em derredor.
6. Participar de todos os momentos do culto, como sejam:
do cântico, do louvor, da oração e das ofertas.
7. Evitar ficar saindo e entrando no templo,
principalmente no momento da mensagem. Do contrário você perderá a bênção da
mensagem e perturbará àqueles que desejam ouvi-la, além de pecar contra Deus
por irreverência e sacrilégio. Muitos crentes se sentem frios e não sabem
porque não se aquecem no Espírito. A razão pode estar aí. Veja se não é o seu
caso: irreverência na casa do Senhor.
8. Manter seus filhos perto de você ou a uma distância
não muito longe, de sorte que você possa repreendê-los com um simples gesto,
quando se mostrarem irrequietos.
9. Ficar orando em espírito no momento do apelo, rogando
a Deus no sentido de que as correntes da incredulidade sejam quebradas e as
almas sejam salvas.
10. Nunca saia do culto antes da oração final ou do
“amém”.
11. Evite sair do templo correndo. Lembre-se que o templo
é a casa de Deus antes, durante e depois do culto.
12. Evite qualquer tipo de comércio nas cercanias do
templo, providenciando no sentido de que os vendedores de pipoca, picolés, e
outras coisas não usem a frente ou as laterais do templo para tal fim.
Lembre-se que o sucesso do culto divino depende não
apenas do que Deus pode fazer, mas muitas vezes, depende também da maneira como
nos comportamos durante a realização do mesmo.
A CONDUÇÃO
DO CULTO DIVINO
Tanto o sucesso
quanto o insucesso do culto em nossas igrejas, muito depende da forma como é
conduzido. Se é conduzido sob a sábia direção do Espírito Santo, o rebanho do
Senhor será levado às verdejantes pastagens das campinas do Bom Pastor (Sl.
23), e às águas cristalinas das fontes da salvação (Is. 12 v. 3). Porém, se for
conduzido da forma como habitualmente ocorre em inúmeras igrejas, podemos estar
certos de que no final do mesmo, os famintos estarão famintos, os sedentos mais
sedentos, os infelizes mais infelizes, e os mortos espirituais sem qualquer esperança
de reviverem.
Um Culto ou Um Velório?
Estaríamos sendo incoerentes com a verdade se não estivéssemos
dispostos a reconhecer que em grande parte de nossas igrejas, o culto parece
mais o velório do filho único duma viúva pobre, do que o festim espiritual dos
filhos do Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Os cânticos de tão monótonos que são, parecem mais uma ladainha;
enquanto que os testemunhos, de tanto fracasso que expressam, não passam de
simples “tristemunhos”. Enquanto isto, ao Evangelho, o “vinho novo” de Deus, é
dado o sabor de vinho roto. Por quê? Porque àquele que o conduz falta o toque
de Deus, a direção de Jesus e o calor do Espírito Santo.
A realidade do que aqui é dito pode
ser vista no testemunho duma grande quantidade de crentes que estão abandonando
os cultos nas suas igrejas, para ficar em casa ou para irem a outras igrejas
cujos obreiros tem visão diferente quanto à condução do culto divino. Para
esses, não há porque sair de casa após um longo dia de trabalho, para ir ao
templo, para ver no culto exatamente o que vem testemunhando há anos: uma
oração, dois ou três hinos, a leitura dum texto bíblico, uma oração pelos
necessitados, a apresentação dos visitantes, um hino pelo coral, uma mensagem,
mais uma mensagem, outra mensagem, mais hino enquanto é recolhida a oferta,
mais uma pregação enquanto algumas crianças choram e outras estão a correr
pelos corredores do templo, o apelo aos pecadores que desejam aceitar a Jesus,
os avisos dos trabalhos da semana seguinte, a oração final, e todos outra vez
de volta para casa.
O Culto Divino no Novo Testamento
A Bíblia não estabelece o que poderíamos considerar um
programa de culto para ser rigidamente seguido; porém, ao lermos o livro dos
Atos dos Apóstolos, pelo menos vamos notar que o culto na Igreja primitiva era
bem diferente do culto que temos hoje em grande número de nossas igrejas. Por
exemplo, em I Corintios 14 v. 26 temos uma pequena amostragem dos elementos que
compunham o culto na Igreja de Corinto. “Que
fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo outro doutrina, este traz
revelação, aquele outra língua, e ainda outra interpretação. Seja tudo feito
para edificação”.
Como Melhorar o Culto Divino
Não é nosso propósito estabelecer uma norma inviolável
para ser observada na condução do culto; de fato, que vemos como o Espírito
possa operar num culto cujas atividades estejam presas a um programa
milimétricamente cronometrado. Cremos, no entanto, que o culto divino como o
celebramos hoje, pode ser mudado para melhor, mesmo sendo usados os elementos
que usamos na sua celebração hoje. O que é necessário é darmos mais lugar para
Deus operar, do contrário o culto passará dum simples passatempo. Portanto,
para ver melhorado o nível e o aproveitamento do culto a Deus, aquele que o conduz
deve observar o seguinte:
1. Por a igreja em regime de oração, e dirigir o culto
com a congregação orando em espírito, com reverência e adoração. A igreja que
anda de joelhos, anda mais depressa e no rumo certo.
2. Levar a igreja à não apenas cantar, mas principalmente
a louvar. Cantar é apenas proferir palavras ao ritmo duma música; enquanto que
louvar é cantar permitindo que a letra e a melodia do hino nos alcance e
envolva a alma, e se necessário, até levar-nos ao quebrantamento e às lágrimas.
Para que isto seja possível, é importante que o
cântico e o louvor sejam feito de forma congregacional, ou seja, com a
participação de todos à congregação. Se o obreiro não tem inclinação para a
música e tem dificuldades em cantar, pode designar alguém capaz como responsável
por esta parte do culto.
3. Conscientizar-se de que a pregação do Evangelho é o
mais importante elemento do culto, por isso, nada, absolutamente nada deverá
substituí-la, nem roubar o tempo a ela destinada.
4. Ensinar sobre a importância e atualidade dos dons
espirituais, dando lugar para a sua lugar para sua livre operação na igreja. É
inexplicável a maneira como muitos dos nossos obreiros agem quantos estes
assuntos, inclusive desestimulando a manifestação dos dons espirituais no
culto.
Se extinguirmos o
elemento sobrenatural dos nossos cultos (manifesto através dos dons do Espírito
Santo), estejamos certos que, não obstante todos os demais recursos para a
celebração do culto, a nossa congregação não estará em melhor situação que
aqueles corpos inertes da visão do profeta Ezequiel (Ez. 37): cada osso ligado
ao seu osso, sobre eles há nervos, carne e peles, porém lhes falta a vida. Que
Deus tenha misericórdia de nós!
CONCLUSÃO:
È de interesse Divino que todos os Ministro do
Evangelho, tenha conhecimento e ética, para que o obreiro possa ter um
relacionamento interpessoal, evitando que a imagem do Pastor venha a ser
marginalizada, ridicularizada e até desgastada por muitos.
BIBLIOGRAFIA:
Severino
Pedro: Corpo, Alma e Espírito – CPAD
A.
Pereira Vasconcelos – Ética e Clinica Pastoral (Apostila)
Nemuel
Kessler – Ética Pastoral – CPAD
Diversos
Autores – O Pastor Pentecostal –CPAD
José
Wellington B.da Costa – Como ter um Min. Bem-sucedido –CPAD
Manual
do Ministro – Myer Pearlman - CPAD
Apostila
de Liderança Cristã – Aldemário Brandão - FATESB