segunda-feira, 5 de agosto de 2013

MINISTÉRIO E MISSÕES


MINISTÉRIO E MISSÕES


 
 
A FATESB ministra os seguintes cursos:
 
·        Básico em Teologia
·        Médio em Teologia
·        Bacharelado em Teologia
 
·
 
FONES: 5971-1054
 

 


INTRODUÇÃO:


 

A postura e a missão do ministro do evangelho é um dos estudos de muita importância ao obreiro que deseja melhor servir ao Senhor, sem ter de que envergonhar-se, a Teologia Pastoral também é conhecida como PASTORALOGIA e a Ética Ministerial também é conhecida como MINISTÉRIOLOGIA; São elas que estudam o comportamento, o estilo e a metodologia de culto e vida do obreiro. Trata-se de um dos ramos da educação teológica que se preocupa com os labores pastorais teóricos e práticos. É verdade que varia consideravelmente, dependendo da denominação ou instituição de ensino teológico.  Em princípio, “ética” pode ser definida como o estudo crítico da moralidade. Consiste na análise da natureza da vida moral humana, incluindo os padrões do “certo” e do “errado” pelos quais sua conduta possa ser guiada e dirigida. Portanto “ética” é um somatório de princípios que capacitam o homem a fazer uma escolha e a transforma-la em ação vital.Dependendo desses princípios, essa decisão pode ser boa ou má, benéficas ou prejudiciais á quem se destina, pessoa ou comunidade.

 

O OBREIRO E SUA APTIDÃO

 

É muito fácil aprender qual é a sua capacidade, examinado os resultados. É preciso dizer que a maior parte de nós não sabe valorizar as aptidões. Não conhecemos nossa capacidade nem aquilo de que necessitamos para melhorá-las. “Não temos conhecimento das aptidões que Deus não nos deu”. Descubra você mesmo, qual o seu trabalho no Serviço do Senhor!!.

Temos que aprender onde nos situar e quais são nossas aptidões para extrair o máximo de benefícios disso. Devemos saber onde estão nossos defeitos, quais as aptidões que não temos, onde estamos, quais são nossos valores. Pela primeira vez na história da humanidade temos de aprender a assumir a responsabilidade de administrar a nós próprios. Administrar a si próprios, reforçar a sua capacidade, construir seus valores.

 

QUALIFICAÇÕES MORAIS DO MINISTRO

 

“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio,honesto,hospitaleiro,apto para ensinar.” ( 1 Tm 3.1,2)

 

Se algum homem deseja ser “bispo” (gr.episkopos, aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor) deseja um encargo nobre e importante. É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela palavra de Deus e pela igreja, porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de ( 1 Tm 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9). O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” ( 1 Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação. Deve manifestar exemplos na: piedade, fidelidade, pureza e lealdade a Cristo e ao evangelho. O povo de Deus deve aprender a ética cristã, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo de seus lideres que vivem conforme os padrões bíblicos.

 

ALGUMAS QUALIFICAÇÕES DO OBREIRO, SEGUNDO PAULO.

 

(1 Timóteo 3.1-7)

1.     Irrepreensível (3.2)

2.     Vigilante (3.2)

3.     Sóbrio (3.2)

4.     Honesto (3.2)

5.     Hospitaleiro (3.2)

6.     Apto para ensinar (3.2)

7.     Não dado ao vinho (3.3)

8.     Não espancador (3.3)

9.     Moderado (3.3)

10.                       Não contencioso (3.3)

11.                       Não Ambicioso por Dinheiro (3.3)

12.                       Não novato na fé (3.6)

13.                       Boa reputação fora da Igreja (3.7)

14.                       Marido de uma mulher (3.2)

15.                       Que governe bem sua própria casa (3.4,5)

16.                       Que tenha seus filhos em obediência e respeito (3.4)

 

ALGUNS DEVERES DO PASTOR E LIDER

 

1.     Governar – Aos Pastores cabe a função de supervisionar, de forma sábia e competente todas as reuniões e atividades administrativas da igreja. lembrando que está cuidando do rebanho de Deus, por isso deve lembrar que liderar não é manter ditadura, mais conduzir o povo com temor e tremor diante de Deus. Este governo deve ser, dentro dos padrões bíblicos e éticos, que cabe ao bom mordomo de Deus. O bom governo é aquele que sabe amar, cultivar e apresenta-lo a Deus sem nenhum prejuízo.

2.     Defender – O Pastor faz parte dos oficiais do exercito de Deus, por isso deve está na frente da batalha, procurando defender o rebanho das investidas do inimigo. Bem como de todas as heresias e falsas doutrinas.Pois havemos de dar contas diante do Todo-Poderoso.

3.     Alimentar – O rebanho de Deus, necessita de alimento sadio e dosado pela palavra. Aos lideres cabe levar o povo a alimentrar-se de forma adequada, pelo ensino sábio da palavra de Deus.

4.     Cuidar – Sempre existe ovelhas fracas, feridas e algumas vezes querendo desgarrar-se do rebanho. O Pastor, com paciência e amor, seguindo o exemplo do Divino Pastor, tem de cuidar de todas; e não somente da mais gorda ou mais bonita, mais de todas.

O sucesso no Ministério está fundamentalmente ligado ao caráter santificado do Ministro. Por isso é exigido que a vida do ministro seja autentica, isto é, transparente aos olhos dos liderados. Não significa ser perfeito, sem pecado. Os apóstolos não foram perfeitos sem falhas. Todos tiveram seus erros e defeitos de personalidade, porém, no todo, suas vidas demonstram elevado grau de piedade, sinceridade e santidade. O bom seria se pudesse dizer isso de todos os ministros. O exemplo do ministro falará mais alto do que todos os seus sermões, estudos e escritos.

 

PRIORIDADE MINISTERIAL

1.     Deus

2.     Família

3.     Trabalho (vida social)

4.     Igreja

Itens a serem Priorizados

·        Amar a si mesmo e ao próximo

·        Área Financeira ( seja moderado)

·        Ser Dizimista fiel

·        Seja Ofertante voluntário

·        Não ser fiador de estranhos

·        Administrar sabiamente o dinheiro e seus bens

 

SUCESSO MINISTERIAL


 

Seu ministério é problema seu, administrá-lo não é fácil. Mas crescer e prosperar ministerialmente só depende de você.

·       O Obreiro deve pensar em crescer, não só no sentido de tornar-se conhecido, mais intelectualmente e espiritualmente, afim de fazer toda a boa obra, que lhe conferido. “E o Senhor vos aumente, e faça crescer...” ( 1 Tss 3.12)

·       O obreiro precisa investir, fazendo bons cursos, adquirindo boas literaturas, e participando de seminários, palestras e etc. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”

     ( Rm 10.17)

·       O obreiro precisa prosperar, não só na área financeira, mais em conhecimento, quantos obreiros que não sabem nem sequer citar as divisões da bíblia? Não podemos ser ANÃO espiritual, precisamos crescer. “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.” ( 2 Pe 3.18).

·       Nenhum grupo ou comunidade, vai se preocupar com seu crescimento. Isso é problema, exclusivamente seu. Algumas igreja, fazem investimento em seus obreiros e lideres, porem cabe ao próprio líder o desejo de desenvolver-se ministerialmente. Não deixe que nada venha impedir o seu crescer e o seu prosperar. Cabe a você gerenciá-los.

 

OBREIRO EM PUBLICO!!!

 

Reconhecemos que toda uma lição deste livro seria insuficiente para nela tratarmos de tudo aquilo que o obreiro deve evitar principalmente enquanto está de posse do púlpito. Muito menos podemos fazer isto em apenas dois Textos, neste e no que se segue. Assim sendo, com forma de aproveitar bem o espaço que temos, achamos por bem destacar apenas aquelas principais coisas que o obreiro deve evitar, se é que não quer ser taxado de “medíocre” quanto à cultura, por aqueles que lhe ouvem.

 

Vício de Linguagem.


        

Nesta área o obreiro deve observar o seguinte:

-         Evitar proferir as expressões “Glória a Jesus” e “Aleluia”, a cada minuto da sua mensagem; pois se isto lhe parece prova de espiritualidade, para os seus ouvintes vai parecer que você não tem outra coisa para dizer. Estas duas expressões, marcas da mensagem genuinamente pentecostal, são belas, mas quando ditas no momento apropriado, como expressão de adoração a Deus, saídas do nosso espírito e não por uma simples questão de costume.

-         Evitar no final da oração, dizer: “Eu te rogo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Em nenhum lugar das Escrituras somos ensinados a orar em nome da Trindade, mas em nome de Jesus. Pois, se alguém pede algo em nome da Trindade, a quem está pedindo?

 

Cacoetes e Gestos Extravagantes


        

Enquanto estiver pregando, o obreiro deve observar mais seguinte:

-         Evitar demasiada afetação da voz.

-         Evitar o demasiado uso do lenço para enxugar o suor do rosto, ou a saliva presa aos lábios.

-         Evitar enterrar as mãos nos bolsos da calça ou do paletó.

-         Evitar o posicionamento indiscreto das mãos.

-         Evitar fazer da mensagem que prega, uma armadilha para seus ouvintes.

-         Evitar truques em forma de gracejos ante a sua congregação, como, por exemplo, perguntar: “Se Jesus vier hoje, os irmãos ficarão alegres?” Só para que depois da congregação responder: “ficaremos”, dizer: “Pois eu subirei alegre”.

-         Evitar apoiar os cotovelos no púlpito.

-         Evitar bater no púlpito com as mãos ou com a Bíblia.

-         Evitar dar as costas para a multidão, constante e demoradamente, como quem está conversando com os demais obreiros que estão sentados no púlpito.

 

Outros Cuidados Necessários.


 

Uma vez de posse do púlpito, enquanto prega, o obreiro deve observar ainda o seguinte:

-         Evitar apontar para o céu quando estiver falando sobre o inferno que é para baixo.

-         Evitar apontar para baixo quando tiver de falar a respeito do céu que é para cima.

-         Evitar apontar o dedo em direção de pessoas da congregação, principalmente daqueles que estão sentados ao púlpito, fazendo-os personagens das ilustrações que porventura venha a usar. Isto às vezes tem deixado a pessoa a quem se dirige em terrível situação.

 

Certo obreiro enquanto pregava sobre a conversa que o Senhor teve com Satanás a respeito da pessoa de Jó (Jó 1 e 2), todas as vezes que queria enfatizar as palavras do Senhor a Satanás, apontava o dedo bem no nariz de outro obreiro sentado no púlpito ao seu lado, e falava como se fosse o Senhor, enquanto que aquele outro obreiro era colocado no papel de Satanás. Quando a congregação descobriu o que estava acontecendo, começou a sorrir, deixando o obreiro em difícil situação.

 

ÉTICA NO CULTO

 

Ao longo desta lição abordaremos a ética cristã no culto divino, tratando de temas tais como: diferentes tipos de culto, cântico e louvor, reverência e ordem no culto, e a condução do culto divino.

No primeiro Texto trataremos acerca dos diferentes tipos de culto da Igreja, tais como cultos congregacionais ou cultos normais da Igreja, cultos de aniversário, cultos de formaturas, etc., inclusive quanto à maneira de dirigir cada um deles.

No Texto seguinte trataremos da importância do cântico e do louvor como parte do nosso culto a Deus; mostrando, inclusive, que os mesmos não podem ser dirigidos a Deus de qualquer modo, mas com bom senso, sabedoria e, discernimento espiritual.

Nos dois últimos Textos abordaremos a reverência e a ordem no culto divino, não só concernente ao lugar que se presta para adoração, mas acima de tudo, pelo fato de se estar na augusta presença de Deus. Abordaremos também a maneira correta, novotestamentária de conduzir o culto a Deus.

Oramos no sentido de que os assuntos tratados nesta lição lhe sejam úteis à sua vida em particular e ao seu ministério de zelador dos interesses e da honra de Deus entre os salvos.

 

 

CONCLUSÃO:

 

È de interesse Divino que todos os Ministro do Evangelho, tenha conhecimento e ética, para que o obreiro possa ter um relacionamento interpessoal, evitando que a imagem do Pastor venha a ser marginalizada, ridicularizada e até desgastada por muitos.

 

BIBLIOGRAFIA:

 

Severino Pedro: Corpo, Alma e Espírito – CPAD

A. Pereira Vasconcelos – Ética e Clinica Pastoral (Apostila)

Nemuel Kessler – Ética Pastoral – CPAD

Diversos Autores – O Pastor Pentecostal –CPAD

José Wellington B.da Costa – Como ter um Min. Bem-sucedido –CPAD

Manual do Ministro – Myer Pearlman - CPAD

Apostila de Liderança Cristã – Aldemário Brandão - FATESB

 

 

 

 

 

 

MISSIOLOGIA

 

 

Introdução:

 

Missiologia é o estudo da obra missionária ordenada por Jesus aos seus discípulos, no sentido nacional e transcultural (Mc. 16.15, Mt. 28.19, At. 1.8). O estudo de Missiologia é de fundamental importância, por se tratar de tarefa suprema da Igreja que é a Evangelização dos povos. Durante muitos anos ouvimos desta conhecida frase: “Missões está no coração de Deus”. Disto nós sabemos que o interesse de Deus sempre foi, e sempre será, alcançar todos os povos, raças, nações e tribos de todas as línguas. Porém, nestes últimos dias, Deus está interessado em saber se missões está também no nosso coração. O ponto fundamental da Missiologia é definir as estratégias e parâmetros da grande comissão dada pôr Jesus, tais como uma agência missionária: quem envia e quem é enviado, os maiores obstáculos das missões modernas e contemporâneas, o alcance dos povos não alcançados, a evangelização de todos os povos. Deus fez o papel do primeiro missionário quando desceu até o Jardim do Éden e proclamou o evangelho aos países e toda raça humana, escondida nos lombos de Adão. Depois disso Deus fez papel de enviado, quando completou a missão que o Pai lhe confiou. O Espírito Santo é o Agente das Missões contemporâneas. Concluindo esta introdução, aprendemos que a Trindade formou o primeiro Conselho Missionário.

 

I – O que é missão?

         A palavra missão vem da expressão latina missione, que se originou por sua vez do verbo mittere, que significa ação, tarefa, ordem, mandato, compromisso, incumbência, encargo ou obrigação de enviar missionários. No grego corresponde a palavra apostolé que, em português, é apóstolo e significa “alguém enviado por ordem de outrem para realizar uma tarefa”. Ora, alguém enviado para realizar algo (missão-tarefa) no intuito de atingir um alvo específico (missão-objetivo).

         A Grande Comissão apresenta a evangelização mundial como a missão da Igreja. Mas será que a evangelização é a única missão da Igreja? Ou será que evangelizar é o alvo final de Deus? Claro que não! Tudo que Deus fez, fez para Sua glória. A esta tarefa de fazer discípulos pelo mundo afora chamamos de missões, devido a pluralidade da tarefa. Não encontramos este termo na Bíblia, mas deparamo-nos com um verbo correspondente: “enviar” (Gn 12.1; 45.5; Ex 3.10-15; Jz 6.14; Is 6.8; Jr 26.12; Ml 3.1; Mt 10.16,40; 28.18-20; Mc 3.14; 16.15; Lc 9.1,2; 10.1; 24.44-49; Jo 17.3-21; 20.21; At 1.8; 13.4; Rm 3.15; 1 Co 1.17; etc). Enviar significa mandar alguém ou alguma coisa; fazer seguir por determinada via. Isto é, Deus manda ou faz seguir sua mensagem de salvação a um destino – o mundo – através de uma determinada via – seus discípulos.

A tarefa de salvar o mundo não pode ser desassociada do enviar homens e mulheres cheio do Espírito Santo para alcançar o mundo sem Deus, sem paz e sem salvação. Porque não há como salvar o mundo sem que haja alguém enviado para pregar e apontar-lhe o caminho.

 

 

CONHECIMENTO INDISPENSAVEL PARA FAZER MISSÕES.

 

 

1. o que é cultura?

Culturas significa atitude de veneração e respeito a alguma coisa ou alguém, proveniente de culto. É o conjunto de atitudes e modos de agir característicos do homem que exerce no meio ou em si mesmo, visando uma transformação, de forma a melhorar sua condição de vida. A cultura se transmite de uma geração a outra formando um sistema de comportamentos humanos.

Mas não é só isso. Cultura é “o conjunto dos conhecimentos de alguém; instrução”. Como podemos ver, a cultura é empregada em dois sentidos principais:

a)    sentido absoluto, filosófico e pedagógico: diferencia-se de civilização, designa a vida intelectual de pensamento crítico e reflexivo de um indivíduo, de uma época ou de um país.

b)    sentido relativo, antropológico, sociológico, etnográfico: designa aquele conjunto de estilos, de métodos, de valores materiais que juntamente com os morais caracterizam um povo ou uma sociedade. Compreende por outro lado, um acervo de objetos, utensílios e instrumentos. E, por outro lado, um conjunto de hábitos corporais ou mentais que servem direta ou indiretamente para satisfação de necessidades humanas.

Não há cultura padrão para se comparar ou verificar qual a melhor. Sendo assim, não há cultura melhor do que outra. O certo será dizer que aqueles que tem a Jesus como Senhor fazem parte da Igreja e irão para o céu, não importa a que cultura pertençam. Isto é o mais importante.

Não podemos dizer que um civilizado é melhor que um índio nativo. O conceito de certo e errado para um civilizado é diferente para um nativo. Os valores e padrões podem ser diferentes, mas não errados; piores ou melhores. Tudo depende do ponto de vista cultural de cada um. O único padrão de comportamento humano é a Bíblia Sagrada, a infalível Palavra de Deus. E esta, sobretudo, respeita a cultura de cada um. “O brasileiro fala o português correto no Brasil e o português fala sua língua correta em Portugal. Se trocarmos as posições, ambos falarão o português erradamente”.

É muito comum acharmos que a nossa cultura é melhor ou superior as outras, baseando apenas em conceitos que temos do que nos rodeia e nos é comum. O sentimento de superioridade para com as outras culturas tem dificultado o relacionamento de muitos missionários em outros países ou culturas. O missionário transcultural é aquele que compreende a cultura alheia e a aceita como seu padrão de vida. Não critica nem tenta mostrar que a sua cultura é melhor. Simplesmente assume, o adota como sua, a cultura daqueles a quem anunciará a Jesus, o Salvador. Desta forma, o povo identificará com o missionário transcultural, pois não o vê como um estrangeiro, mas como um dos seus.

 

2. o que são costumes?

Geralmente, são práticas observadas e transmitidas de geração em geração. Os costumes podem sofrer alterações através dos tempos. Por exemplo, no mundo ocidental casar-se de branco é padrão. Este costume sofreu alterações. Antigamente, só se casava de branco as virgens. Hoje isso já não se observa, existindo até quem dispense a cerimônia religiosa. Diferente da doutrina bíblica, que não sofre alteração e nem mudanças.

 

3. o que é raça?

É um conjunto de indivíduos que possuem tronco comum e características semelhantes, dentro de sua espécie, geração, casta, origem, estirpe.

Em antropologia, é um conceito biológico distinto de um povo, que designa uma unidade cultural, e de nação, que é uma unidade política.

Em antropologia física, as raças humanas agrupam-se segundo a cor da pele, a cor e a forma do cabelo, a configuração do crânio, os grupos sangüíneos, etc.

Baseada na cor da pele, a raça humana divide-se em três grupos étnicos principais:

a)    Negróide, ou homo afer – raça negra ou africana;

b)    Mongolóide ou homo asiáticos – raça amarela ou asiática;

c)     Caucasóide ou homo europeus – raça branca ou européia.

 

4. o que é choque cultural?

O choque cultural é o distúrbio emocional resultante do ajustamento a um novo ambiente cultural.

O choque cultural acontece com qualquer missionário transcultural. Mais cedo ou mais tarde ocorrerá, é inevitável na transculturação. Por isso é importante conheça o fenômeno, para saber como agir quando ele ocorrer, afim de poder transpô-lo com sucesso.

O choque cultural tem sido uma das principais causas de frustação, de fracasso e regresso do campo missionário devido ao despreparo. Por isso todo missionário deverá estar preparado espiritualmente, emocionalmente e com conhecimento da cultura em que estará fazendo missões.

Vejamos algumas fases pelas quais um missionário transcultural passa no processo de transculturação:

a)    A Fase Turística – período em que tudo é novo e interessante para o missionário recém chegado. Após anos de preparo e oração, está no campo tão desejado.

b)    A Fase do Choque Cultural – a novidade acabou, e o que era interessante deixou de ser. O missionário está mais consciente de que agora o seu lar é ali, onde estabelecerá novas raízes em uma cultura diferente da sua. A pressão emocional se torna maior, pois o desenvolvimento não é como desejaria; muitas vezes, sente-se cobrado por sua Igreja quanto a relatórios de resultados ainda não conseguidos: o povo não compreende o evangelho como o missionário gostaria; a comunicação é difícil; os valores não são de fácil assimilação. Por exemplo: um missionário que vai para a Europa, sente-se chocado ao ver que os europeus só tomam banho uma vez por semana. A princípio, acha falta de higiene, e o seu desejo é mudar a situação. Entretanto, ao estudar melhor as razões, compreenderá, ainda que não aceite para si o porquê de tal atitude.

c)     A Fase de Adaptação Transcultural – depois de vencer todos os processos de choque cultural, o missionário já está enculturado e ajustado àquela cultura, assumindo-a como sua. Desta forma, estará apto para ganhar almas, visto os nativos sentirem que o missionário é um deles, e não um estrangeiro. Eles notam que o missionário come, fala e vive de modo semelhante a eles... O missionário se sente mais a vontade para comunicar o evangelho.

 

RESPONSABILIDADES DO MISSIONÁRIO

 

Ser missionário é uma tarefa de muita responsabilidade, fé, dedicação e renúncia. Deve envolver muita oração, vigilância, reflexão e, sobretudo, a direção divina.

 

1. a chamada do missionário

Na realidade todos os crentes são chamados à obra missionária. O testemunho cristão é algo real na vida do crente desde o momento de sua conversão. Vamos definir dois tipos de missionários: 1) aqueles que vão enviado, ou seja, dão testemunho de Cristo na localidade onde vivem e se esforçam em oração e com recursos financeiros para enviar e manter a obra missionária; 2) aqueles missionários que vão indo, ou seja, são chamados para uma área fora do alcance de sua comunidade local.

 

2. o preparo missionário

O campo missionário não é lugar para aprendizes, mas para especialistas. O apóstolo Paulo diz, em 2 Tm 2.15: “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. Esta declaração nos adverte de que os obreiros do Senhor devem estar preparados para desempenhar a tarefa por Deus destinada. Entre o chamado de Deus e o envio geralmente há um espaço de tempo no qual Deus prepara o obreiro para a obra a ele designada. O obreiro, deve preparar-se o máximo, para desempenhar sua tarefa de forma satisfatória. Não se esqueça que Deus respeita nossas capacidades, dons e limitações usando-nos em conformidade com o desenvolvimento dos dons a nós conferidos.

O missionário ao sentir-se chamado por Deus deverá envolver-se nos trabalhos da Igreja, que lhe servirão de treinamento. Nunca deve forçar sua partida para o campo. No momento que Deus considerar apto e for chegada a hora certamente que ele abrirá as portas e enviá-lo-á ao campo, sem prejuízo a obra missionária.

 

CONCLUSÃO

 

O primeiro missionário foi o próprio Deus, depois fez papel de enviador (Jo 3.16), dando Seu Filho como missionário, e de sua única Igreja quer fazer missionária. Em Is 6.8 há um apelo a todos os cristãos “a quem enviarei, e quem irá por nós?”. Se você não pode ir, faça com que Deus envie um substituto. Se você não é um enviado, seja um enviador. Se você não vai, contribua para que outros vão. Você pode fazer missões indo, contribuindo, orando. A Igreja que não faz missões não deveria ser chamada Igreja, pois a missão da Igreja é fazer missões. AMÉM!